Arquibancada: Ponte Preta depende de Luís Fabiano para manter o sonho do acesso

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Logo que começou esse burburinho da contratação – ou não – do Fabiano, fiz um rascunho a respeito desse assunto. De tanto tempo que se passou, quase se tornou esquecido nas minhas anotações. Há um mês, eu não tinha uma opinião formada a respeito do seu retorno à Ponte Preta. No entanto, faltando apenas 15 rodadas e 45 pontos em disputa, vejo sua volta como a única alternativa para buscar o acesso.

Nas próximas partidas, precisaremos alcançar, ao menos, os mesmos 33 pontos até aqui garantidos para termos chances de voltar à primeira divisão. Portanto, necessitamos de 11 vitórias – talvez, dez sejam suficientes, algo que não aconteceu nas 23 rodadas anteriores. A missão é quase impossível e, por isso, vejo em Fabiano uma das poucas alternativas que temos para conseguir tal feito.

O jogador, com 30% da sua capacidade física, é a melhor opção que teríamos no elenco para chegarmos aos gols e conseguirmos as vitórias. Não se discute a parte técnica porque todos sabemos que, no Brasil, poucos jogadores tem o seu nível.

Se ele tem condições de jogo, podemos “unir o útil ao agradável”, ou seja, o chamado ganha-ganha. Ele recupera seu prestigio de parte da torcida que não engoliu sua ida ao Vasco e, ao mesmo tempo, nos alimenta o sonho do acesso.

Não tenho nenhuma fonte que confirme ou negue essa afirmação, mas ele não faria treinamentos intensos dentro do clube que o formou se não houvesse a vontade de retornar para casa. Ele tem acesso a times que lhe dariam mais vantagem na recuperação e, ainda sim, escolheu a Ponte. Se eu fosse diretor, faria um contrato de produtividade até o final de 2019.

Não nos interessa mais empatar. João Brigatti precisa armar o time para vencer jogos, sejam no Majestoso ou fora. Qualquer ponto perdido pode nos deixar em situação ainda mais delicada em relação ao acesso. Nossas chances estão entre 15% a 20%, dependendo do estudo.

Até dia 10 de setembro, prazo em que se encerram as inscrições da Série B, também teremos três partidas fundamentais para definir os rumos que a Macaca tomará, tanto em relação ao torneio quanto ao camisa 9.

(análise: André Gonçalves)