Carbone: um personagem da bola que merece reconhecimento do Guarani e de seus torcedores

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Torcedores e imprensa por vezes cometem injustiças. Deveriam homenagear por mais oportunidades profissionais que se destacaram nos dois clubes campineiros.

O Guarani com toda a razão relembra personagens como Oswaldo Alvarez, Umberto Louzer, Marcelo Chamusca ou Luciano Dias.

Conseguiram resultados expressivos e estão na memória do torcedor bugrino. Existe uma pessoa que considero merecedor de elogios recorrentes. Seu nome: José Luis Carbone.

Pessoa de ótimo trato, conhecedor da bola, o ex-volante do Botafogo e Internacional teve boas passagens no estádio Brinco de Ouro. Ok, você pode relembrar o fracasso na Série C do Brasileirão de 2007.

Como ignorar o fato de que ele assumiu durante a Série A-2 do mesmo ano, pegou uma equipe ameaçada de rebaixamento e com poucos recursos levou a camisa alviverde à divisão de elite regional? Não dá.

Em 1988, se não fosse o gol de Viola, certamente entraria para a história por ter sido o condutor de uma equipe de alto quilate técnico. Conseguiu incluir Neto entre os titulares e extraiu ao máximo de atletas como Evair, João Paulo, Boiadeiro e Paulo Isidoro. A perda do titulo pode ser creditado a esses acidentes do mundo da bola. O aproveitamento de 60% dos pontos disputados fala por si sobre sua passagem.

Oito anos depois, Carbone fez um esquema tático para explorar o potencial de artilheiro de “Ailton Queixada”.

Foi demitido de maneira inexplicável pelo ex-presidente Luiz Roberto Zini quando a equipe, apesar da derrota para o Sport, estava em primeiro lugar na fase classificatória. Carlos Alberto Silva foi contratado para o seu lugar, mas o time nunca mais repetiu o mesmo desempenho.

Hoje residente em Campinas, Carbone com justiça ganhará a distinção de cidadão campineiro quando as cerimônias forem permitidas. Um justo prêmio para quem sempre trabalhou com honestidade, qualidade e dignidade e honrou o ofício do futebol.

(Elias Aredes Junior)