Como o comparação com o passado ajuda (e muito!) na avaliação positiva da gestão de Ricardo Moisés

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O Guarani faz boa campanha na Série B.

Poderia ser melhor? Poderia.

Só que ficar na quinta posição para quem nos últimos anos apenas e tão somente sonhou com a permanência na Série B é uma evolução. Diante deste contexto, qual o saldo que fica para o presidente do Conselho de Administração Ricardo Moisés? Bom? Ruim? Regular?

Já teci criticas a respeito das decisões e posturas do mandatário bugrino. Ato imediato, muitos de seus apoiadores enumeravam seus feitos: reforma de alojamentos das categorias de base, novo CT para os garotos em Barão Geraldo Geraldo,  salários do time profissional em dia, entre outros pontos.

Uma fonte chegou a me dizer o seguinte: “Os funcionários adoram Ricardo Moisés. Todos são gratos a ele”. Acredito, entendo e compreendo. Mais: teria a mesma postura se estivesse no lugar de qualquer funcionário do Guarani diante daquilo que foi vivido nos últimos anos.

Dentro do gramado, o desempenho é de razoável para satisfatório. Mas não há nenhum fato ou conquista de encher os olhos.

Traduzindo: chegada em final ou semifinal de Paulistão ou acesso. Não podemos ser incoerentes. Se o Guarani alcançar a divisão de elite, o seu patamar sobe de avaliação.  Muito. Especialmente porque até agora não há rebaixamento no seu portifólio.

Existe um fator, porém, que beneficia e muito Ricardo Moisés: a comparação com o passado.

Nem o jornalista mais critico e independente pode especular em dizer de bate pronto que ele é um presidente desastroso ou catastrófico. Afinal, Ricardo Moisés foi antecedido por outros que tomaram atitudes deploráveis sob o ponto de vista administrativo.

Ou vamos esquecer que o Guarani teve um presidente que ficou devendo de seis a sete meses de salários atrasados? Ou outro que emitiu cheque desprovido de recursos para quitar recursos atrasados dos jogadores profissionais? Sem contar outro dirigente que brigou e chegou a vias de fato com oposicionistas.

Como esquecer de presidentes que emitiram passagem de avião para treinador vir em Campinas apenas para dizer que estudaria uma proposta? Diante destes descalabros é injusto colocar Ricardo Moisés no mesmo patamar de outros dirigentes que fracassaram.

O Guarani tinha presidentes que mais pareciam carros arrebentados pelo tempo e que não saiam do lugar. Hoje, pelo menos tem digamos um carro de 1.000 cilindradas. Que pelo menos faz o básico. Sem atropelos. Não comprovou que pode andar na estrada da Série A do Brasileirão, mas se vira na zona urbana da Série B e do Paulistão.

Ricardo Moisés erra? Muito.

Absurdamente.

Considero, por exemplo, que é um erro apostar todas as fichas no terreno da Rodovia dos Bandeirantes para a construção dos equipamentos. Ou ficar inerte diante do esvaziamento do número de sócios. Ampliar o número de associados deveria ser prioridade zero. Não transmite esta impressão.

No fundo, o tempo dirá se esse automóvel chamado Ricardo Moisés terá um motor mais turbinado para viagens mais longas. Ou se no futuro o motorista chamado torcedor vai querer fazer uma nova troca.  Vamos aguardar.

(Elias Aredes Junior- Thomaz Marostegan-Guarani F.C)