Como o ressurgimento da Unidade das Paineiras pode mexer com o tabuleiro político da Ponte Preta

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No próximo dia 03 de agosto a Ponte Preta fará uma festa de reinauguração da Unidade Paineiras. Um local que foi alvo de diversas controvérsias .

Uma ala do clube defendia a sua locação ou até venda diante das mudanças do futebol moderno. Sua manutenção, na visão destas pessoas, consumia muito dinheiro dos cofres do clube. Algo que poderia ser direcionado ao futebol, o carro chefe. Até uma Igreja Evangélica chegou a ser cogitada para utilizar o local.

Outro grupo defendia a revitalização e um chamariz para chamar de volta pontepretanos afastados. Abdalla ouviu o segundo grupo.

Chamou Pedro Abruzzo, o Boina, para tocar o projeto e que agora terá o ponto de largada neste sábado.

Não será um evento qualquer. Quem conhece a história da Alvinegra sabe que indiretamente existirá a volta de um local de debate democrático, de formação de grupos políticos e também de ideias modernizadoras.

O retorno da Unidade Paineiras é uma derrota do grupo comandado por Sérgio Carnielli e Vanderlei Pereira, que nunca esconderam a visão de que desejavam um outro destino.

Que ninguém se iluda. A partir da reinauguração, o cronometro político estará ligado. A viabilização financeira do local, nem que seja de modo tímido, terá que ser realizada de modo rápido e rasteiro. A cada anúncio de déficit ou de dificuldades será uma munição excedente para os grupos oposicionistas da Macaca.

Na Ponte Preta, a bola nunca para. Especialmente quando a política está no centro do gramado dos gabinetes.

(Elias Aredes Junior)

2 Comentários

  1. O Boina é bastante responsável, e já cuidou muito bem do Paineiras no passado. Foi uma grande medida trazer ele de volta, vai conseguir novos sócios facilmente. Parabéns a ele e ao Abdalla

  2. Primeiramente não sou Carnielli nem Abdala, sou PONTE, vamos ao que interessa. Sou um pontepretano da Capital, nunca morei em Campinas, minha família é de Campinas, e sou doente pela Ponte, e pergunto o que isso pode mudar para mim um mero torcedor pontepretano? Nada!
    Conversando com meu pai tempos atrás me tenho a nítida impressão que parte da gestão da Ponte ainda está em 77, com uma visão provinciana do que é o futebol e como este se desenvolveu como negócio ao longo dos anos. O melhor exemplo é o caso Abner, aqueles que alardeavam a importância de uma boa saúde financeira e salários em dia nos levariam ao Olimpo da série B, ledo engano, o que se viu foi o futebol em queda e aumento da desconfiança com o acesso em apenas 4 rodadas, queda da qualidade técnica que poderia ser evitada com o aumento de salário do rapaz já que a multa é proporcional.
    O exemplo acima é para ilustrar que gerir um clube assim como uma empresa não deve ser algo passional e sim racional, planejado e com metas. Voltemos ao assunto em tela, já que o FUTEBOL é o principal produto da Ponte, qual a taxa interna de retorno (TIR), o custo de oportunidade, quais as metas, quais são os objetivos, qual a visão deste projeto de manter, gerir e reabrir o Paineiras? São perguntas que devem ser feitas, não por ser a favor ou contra, e sim para entender se será para o bem da Ponte ou apenas para sustentar as disputas internas.
    A matérias acima de Elias Aredes (quem respeito muito e admiro) trás “local de debate democrático, de formação de grupos políticos e também de ideias modernizadoras” , com todo respeito discordo plenamente. Como dito acima estamos presos ao passado, uma das coisas que renovaria a Ponte Preta seria uma reformulação de seu estatuto, alteração da aquisição da posição de conselheiro, melhorar a governança e transparência do clube, reformular seus conselhos, reformular a eleição para presidente, instituir uma forma de proteção dos ativos do clube, buscar forma de independência financeira. São ideias que deveriam constar nas pautas da diretoria e conselho, porém o que vemos são embates pelo vil poder.
    A torcida pontepretana vem diminuindo, basta pegar a últimas pesquisas*, o motivo é simples o clube não se sustenta e a cada ciclo vem produzindo um FUTEBOL medíocre, e o pior para o torcedor pontepretano, SEM ALMA, o futuro bate à porta da Ponte Preta e já passou da hora de evoluir ou morrer, temos um exemplo muito próximo o que é ficar preso ao passado e pagar com a incerteza do futuro. Pois da forma que está parece que estamos em 77, voando nos gramados e a gestão não importa, afinal nossos craques ficarão para o ano que vem.
    *https://www.institutoguimaraes.com.br/single-post/2017/05/31/As-Maiores-Torcidas-de-Campinas