Como o torcedor Nhe Nhe Nhem atrapalha a evolução do Guarani

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No início do seu primeiro mandato, no dia 15 de fevereiro de 1995, o ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso(PSDB) espalhou um termo que entrou para o anedotário político.

Ao repelir o rótulo de neoliberal que os oponentes insistiam em lhe pregar, o então mandatário disse que quem desejava em pregar esse rótulo era bobo e que tudo isso não passava de nhe nhe nhem. Que nada mais é do que um ato monótono que se repete consecutivamente. É uma ação que se repete de maneira enfadonha, aborrecida.
Pois uma parte (uma parte) da torcida do Guarani entrou em ritmo de Nhe Nhe Nhem.

A cada análise ou critica a respeito dos acontecimentos registrados no estádio Brinco de Ouro todos repetem que a imprensa é parcial, que só vêem o lado negativo do clube e que não reconhecem os méritos existentes. Para começo de conversa: que méritos?

Vamos aos fatos. Nos últimos 10 anos, o Guarani teve algumas campanhas de destaque. E que foram geradas não pela competências de suas diretorias e sim por auxílios externos. Em 2016, o Guarani só subiu para a Série B porque o empresário Roberto Graziano fez um adiantamento financeiro e por causa do bom trabalho da dupla formada por Marcelo Chamusca e Rodrigo Pastana. Quem acompanhou sabe que os dirigentes estatutários não tiveram o protagonismo que muitos alardeiam.

Em  2018 o Guarani teve uma boa campanha, com a conquista do título da Série A-2 e o nono lugar na Série B do Campeonato Brasileiro. E tudo isso aconteceu porque um empresário de futebol – Nenê Zini- renomado decidiu ajudar o clube. Inclusive com indicações para o staff do futebol. Deu certo. Muito certo.

Excetuando-se essas duas campanhas e a performance na Série B do Campeonato Brasileiro de 2021 o que temos no restante do período? Equipes que fizeram campanhas de medianas para ruins no Paulistão e na Série B o mesmo roteiro: primeiro turno ruim e a necessidade de contratações e a reação no returno para escapar da Série C. Pergunto: isso é bom? Isso está de acordo com as tradições do Guarani? Responda para si mesmo.

Esse torcedor ou frequentador de rede social e adepto do Nhe Nhe Nhem futebolístico sempre diz que o clube melhorou na infra-estrutura e no pagamento dos salários. Ah! Será mesmo?! Reflita: qualquer clube que efetivamente melhora a sua infraestrutura produz resultados efetivos, nem que seja em médio prazo.

Ceará, Fortaleza e Criciúma são clubes que na atualidade disponibilizam um trabalho muito melhor aos seus jogadores e colheram os frutos. O Ceará caiu de divisão? É verdade. Mas se antigamente ele disputava a Série B como coadjuvante hoje será protagonista. Por que? Pela melhoria da sua infra-estrutura. Repito: que aprimoramento é esse que não produz resultados constantes? Mas nada disso. Os torcedores nhe nhe nhem só quero saber de perseguir, calar e intimidar quem não abraça os seus conceitos. E eles somem quando os problemas graves acontecem.

Não para nisso. O Nhe Nhe Nhem boleiro quer desqualificar e em ultimo caso promover um assassinato de reputação.

Pegue o caso de Giovanni Augusto.

O jogador meteu a boca no trombone, afirmou que o clube está largado e que existiu atraso de salário.

O que faz o torcedor Nhe Nhe Nhem?

Cobra uma explicação da diretoria?

Exige uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo? Nada disso. Ledo engano. Perseguem o atleta e os veículos de comunicação que noticiam este fato que é altamente relevante. Triste. Decepcionante.

Como diz o companheiro Vianna Junior, da Rádio Brasil Campinas, eles são os terraplanistas da bola.

Pior: com suas opiniões persecutórias e desejo de bloqueio do debate da opinião indiretamente colaboram para travar a evolução do clube. Ou jogá-lo em um abismo sem volta. Uma lástima.

(Elias Aredes Junior- com foto de arquivo)