Ponte Preta: nada será como antes. O que o futuro reserva para a Ponte Preta?

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Nada será como antes. O amanhã será melhor. Qual torcedor pontepretano não saiu com essa sensação do estádio Moisés Lucarelli no último sábado? Qual torcedor da Macaca não encontra-se inebriado, hiptonizado pelas defesas de Caíque França?

Quem não enverga a camisa branca e com faixa transversal no peito com orgulho e tem na memória o pênalti decisivo batido por Elvis? O tempo passa, os fatos transcorrem e aquela tarde de sonhos parece reproduzida em looping na mente. É uma reprise eterna. Com sabor de mel.

Nada será como antes porque desta vez a Ponte Preta entrou em uma competição e teve um final feliz. Ela começou como favorita, confirmou o favoritismo nas quartas de final e na semifinal e viu a responsabilidade transformar-se em delirio coletivo.

E que notícias me dão de você Ponte Preta? São letras singelas, páginas coloridas, harmonias jogadas ao vento e que transformam em alegrias de milhares de torcedores espalhados pela cidade de Campinas.

Não existiu a decepção de 1977, inexistente a frustração de 1979 e 1981 ou o gosto amargo na boca da Copa Sul-Americana de 2013, da Série B de 2014, ou do Paulistão de 2017. A Ponte Preta entrou pela porta da frente e fez jus a tamanha deferência.

Você pode alegar que a Série A-2 não tem valor. Que é um campeonato menor. Vem cá: quem tem a capacidade de medir a felicidade? Mostra aptidão em mensurar quando alguém está nas nuvens? Sentimentos são únicos. Eternos.

Acalentam a alma.

Revigoram uma vida por vezes tediosa, sem sentidos.

Olhe ao seu redor. Os pontepretanos andam pelas ruas de cabeça erguida, contentes, felizes.

Quem pode medir o valor de tal postura? Quem tem coragem de estragar uma felicidade genuína e explosiva? Ser estraga prazer neste momento não é exercer qualquer rivalidade. É deixar a alma ser corroída. É estragar a leveza alheia.

A conquista da Ponte Preta é o elixir de quem acredita no futebol. Pode ser a catapulta para acreditarmos mais, exigirmos mais e apostar que em médio e longo prazo é possível fazer mais e melhor. Um futebol do interior mais competitivo e que pode sonhar com voos mais altos.

Sim, porque os acessos de Ponte Preta e Novorizontino é a derrota do futebol CNPJ. É a luz no fim do túnel naqueles que acreditam nas marcas tradicionais como alavanca de boas campanhas. Porque não foram acessos acidentais, Foram trabalhos planejados com começo, meio e fim. Com apoio de suas comunidades.

Pergunta: com tantos aspectos positivos como deixar de comemorar? Por isso torcedor pontepretano: comemore. Celebre. E acredite de que nada será como antes.

(Elias Aredes Junior-Com foto de Marcos Ribolli- Especial para a Pontepress)