Conselho Deliberativo quer definir questão da Arena em uma reunião. É o correto?

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O Conselho Deliberativo da Ponte Preta realiza no próximo dia 19 de setembro uma reunião para implementar a discussão para construção ou não de uma Arena as margens da Rodovia Anhanguera.

A intenção é apresentar um acordo de intenção e fazer o encaminhamento de construção do projeto.  Tudo isso em uma única reunião. Prestem atenção: em encontro único, virtual, a Ponte Preta vai decidir se encaminha para a Assembleia de Sócios a proposta de desfazer do estádio Moisés Lucarelli e construir um novo espaço. Será que é salutar fazer tudo isso de modo tão apressado?

Motivos não faltam para cautela. O país está em crise, as condições financeiras não são adequadas e mesmo que seja construído um fundo imobiliário e o financiamento seja 100% privado, algumas duvidas vão pairar no ar. E não são confraternizações ou conversas informais que vão dirimi-las. Como vai ficar o torcedor de baixa renda? A torcida vai aceitar a entrega do Majestoso? E se os planos financeiros estipulados não derem certo? Quem vai financiar o saldo negativo?

Qual seria a solução? Simples: uma primeira sessão do Conselho para entregar o projeto em si e uma noutra reunião extraordinária especificamente para debater exaustivamente o assunto e somente depois uma reunião do Conselho para aprovar ou não a proposta. Proposta essa que tem que receber ainda a chancela da Assembleia de Sócios, conforme estipula o estatuto.

Seria democrático abrir espaço para discussão e os conselheiros opositores teriam espaço para colocarem suas objeções. Do jeito que está o risco de tomar uma decisão equivocada é enorme. Não é nada disso? Desculpe, o edital leva a pensar que tudo será resolvido de uma vez.

Se a Ponte Preta é um clube democrático, radicalize neste quesito. Seria o melhor para todos. (Elias Aredes Junior)