Considerações e reflexões após a saída de João Paulo da Ponte Preta

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A Ponte Preta anunciou no inicio da tarde desta segunda-feira de maneira oficial a saída do armador João Paulo para o Fortaleza. De acordo com informações do amigo e colega de profissão, Antonio Luppi, o jogador aceitou uma proposta financeira melhor, além de contrato mais extenso.

Relembre que pouco atrás, a Ponte Preta já tinha esticado o compromisso com o jogador e majorado o seu salário. E a permanência foi bancada por Eduardo Uram, empresário do jogador. Em pouco tempo, tudo mudou. Tudo foi alterado. Duas reflexões deveriam ser detonadas a partir deste momento: porque um jogador que apareceu com grande potencial de talento caiu tanto de produção? O que fazer para que outros não trilhem o mesmo caminho?

Se a queda de produção foi motivado por um algum acesso de vaidade ou de falta de engajamento do atleta no projeto, agora isso não é mais problema da Macaca e sim do jogador que deveria repensar sua carreira, trajetória e procedimento diário.

Agora, se a queda de produção de João Paulo foi gerada por causa daquilo que cerca o departamento de futebol da Ponte Preta o quadro muda. E muito.

Você se sentiria confortável trabalhar em um lugar que não lhe dão segurança? Em que mostra dedicação e entrega, e quando o resultado não vem a reciprocidade é ameaça de receber atos violentos? Vou além: que motivação teria para continuar em um lugar que há cada momento troca de comando e cada com uma linha diferente? Você teria fé de que colheria bons frutos?

Como acreditar em final feliz se os dirigentes pensam A em dia e no dia seguinte pensam diferença? Como sustentar a motivação?

A saída de João Paulo, aparentemente resolve um entrave que incomodava a todos: um jogador que parecia (parecia!!!) desmotivado e sem foco. Mas cá entre nós: se este comportamento foi gerado por falhas de gestão, outros “João´s Paulo´s” vão surgir. Infelizmente.

(Elias Aredes Junior)