O Guarani lidera a Série B do Campeonato Brasileiro e desperta expectativa no torcedor para voltar à primeira divisão do futebol nacional após sete anos. A última participação do clube na elite ocorreu em 2010, quando o time iniciou uma série de rebaixamentos e parou na Série C e A2 do Paulistão após três anos da sua participação na principal liga do país. Para o ex-treinador do clube, Estevam Soares, atualmente desempregado, o declínio na história do clube foi resultado de administrações ruins e corrupção.
Soares estipula que praticamente todo clube do Brasil passou por isso como espelho da situação política do país, mas a diferença é que outros clubes como Palmeiras, Corinthians e Vasco se recuperaram rapidamente por serem clubes de massa e com uma quantidade de torcedores elevada. O treinador, que dirigiu o Guarani em três oportunidades (1996, 98 e 2003), comparou a equipe campineira com a Portuguesa – atualmente na Série D e que foi comandada por Estevam recentemente.
“Guarani e Portuguesa foram vítimas de administrações ruins. O primeiro ponto é que há uma incompetência técnica nas diretorias para contratar jogadores e mandam treinadores embora. Isso é um peso muito grande para os clubes. Mas, eu não estou na época de mentir. Estou com 61 anos e 40 de futebol. A corrupção levou esses clubes para o buraco”, enfatizou Estevam Soares em entrevista ao canal ABC. Para o treinador, o único caminho de superar isso e voltar a brilhar em cenário nacional é se apegando aos torcedores.
Enquanto isso, o Guarani tenta fazer a parte dele dentro de campo. O time entra em campo neste sábado, fora de casa, diante do CRB, para permanecer na ponta da tabela da Série B. O América, com 30, ultrapassou o time alviverde na classificação, mas segue com um jogo a mais. A vantagem do Bugre em relação aos adversários está no primeiro critério de desempate: vitórias. A equipe de Vadão foi a que mais venceu até aqui na competição.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)
