Folha Salarial do futebol profissional do Guarani teria que receber aumento de 65% para igualar poder aquisitivo de 2009, ano de acesso

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Pesquisa feita pela reportagem do Só Dérbi comprova que o poder aquisitivo da atual folha salarial do futebol profissional do Guarani está longe do patamar alcançado em relação a campanha de 2009, quando o time foi vice-campeão da Série B sob o comando de Oswaldo Alvarez, o Vadão.

Em 2009, o então presidente Leonel Martins de Oliveira estabeleceu na reta final um orçamento de até R$ 800 mil mensais para o departamento de futebol profissional. O valor começou em R$ 600 mil mas foi incrementado com o passar dos jogos. O valor é referente ao que é pago para comissão técnica e jogadores.

Naquela ocasião, apesar de encontrar-se na Série B, o Guarani recebia o apoio do Clube dos 13, do qual era sócio e era responsável pela administração das cotas de televisão, a principal fonte de renda das agremiações.

Ao fazer a atualização deste valor, por intermédio de aplicativo do site do Banco Central, o valor ideal para que a folha salarial d departamento de futebol profissional tivesse o mesmo poder de fogo de 2009 seria de R$ 1.537.347,84.

Para este ano, a previsão na Série B é que a folha salarial pode chegar até a R$ 930 mil mensais, de acordo com planejamento apresentado no final do ano passado. Ou seja, a folha salarial bugrina teria que receber um aumento de aproximadamente 65% para chegar a quantia atualizada de 2009.

Para se chegar a esse valor o índice aplicado foi o do INPC do IBGE, utilizado pela maioria das categorias para atualização de salários. O índice inflacionário apurado de dezembro de 2009 a maio deste ano foi de 92,16%.

Desde que retornou a Série B em 2017, a torcida do Guarani sempre desejou voltar a ser protagonista. Disputar o acesso rodada a rodada com as principais potências do futebol. Sem medo. Em algumas ocasiões, as crises políticas constantes atrapalhavam os planos. Em outros instantes,  o obstáculo era falta de dinheiro.

Uma viagem no tempo comprova que este problema está longe de acabar no Guarani que entra para esta segunda década do século 21.

(Elias Aredes Junior)