Futebol campineiro assistirá Copa do Mundo do sofá. É muito triste!

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No próximo domingo, o Brasil estreia na Copa do Mundo. Jogo contra a Suiça. Retranca à vista. O técnico Tite vai destinar todos os seus esforços para a obtenção da vitória . Quem reside em Campinas e tem mais de 40 anos não consegue dominar a nostalgia. Tempo em que o futebol campineiro fornecia jogadores e protagonistas às seleções.

Sem a força e o senso de colocação de Oscar seria difícil imaginar as defesas das Copas de 1978 e 1982. Quatro anos, no México, o zagueiro forjado na Ponte Preta deu lugar a Julio César. André Cruz, criado nas categorias de base da Ponte Preta, esteve presente nas copas de 1990 e 1998.

Ninguém supera o rendimento de Antonio Oliveira Filho, o Careca. Nas edições do México e da Itália foi a principal figura do ataque brasileiro. Abriu espaço para que Luis Fabiano e Elano tentassem fazer diferença em 2010. Opa! Não há como esquecer que Luizão sofreu pênalti contra a Turquia em 2002 e pode-se dizer que tem um pedaço do titulo mundial na Coreia e no Japão.

Após cada Copa do Mundo, o centro de Campinas fervia. A expectativa era imensa para receber craques e talentos e que representavam o muncipio. O sonho parecia que nunca iria acabar.

As categorias de base produziam jogadores aos montes, as equipes lutavam com dignidade diante dos grandes e Ponte Preta e Guarani, cada um do seu jeito e modo, faziam a roda da bola girar.

E hoje? Temos uma cidade com duas equipes que ficam satisfeitas com rendimento mediano e muitos torcedores conformados. Copa do Mundo? Nada de protagonismo. Esqueça a produção de novos heróis. O jeito é assistir do sofá. Triste.

(artigo de autoria de Elias Aredes Junior)