Guarani consegue vitória na Justiça Comum. Mas não é para se comemorar algo que é obrigação: retidão na gestão

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O Tribunal de Justiça de São Paulo anunciou que não viu indícios de fraude no processo de saída do atacante Matheus Davó do Guarani para o Corinthians. A decisão foi publicada pelo juiz Fabrício Reali Zia, da 8ª Vara Cível, da Comarca de Campinas, na quarta-feira (25) e tornada pública pelo Guarani nesta sexta por intermédio de seu site oficial.

De acordo com informações disponibilizadas pela Justiça, a sentença foi expedida em cima de um pedido de embargo feito pela empresa Sócio Campeão GFC, que teve a conta bloqueada após ter sido apontada como parte da transação. A acusação era de que a empresa recebeu os R$ 700 mil a que o Guarani tinha direito, O correto será o dinheiro ter sido pago diretamente ao clube.

O juiz afirma que não existia nos autos do processo provas de irregularidades no pagamento ou de confusão patrimonial. Isso seria quando ocorresse mistura entre patrimônios pessoais e jurídicos/empresariais das partes envolvidas.

Vamos traduzir: a Justiça diz que não aconteceu nada de irregular. Òtimo. Espetacular. Elogiável. Só que, no fundo, trata-se de cumprimento de uma obrigação. Não só do clube como dos dirigentes.

Ser isentado pela justiça (ainda bem!) não faz qualquer critico ponderado ignorar que o Guarani tem ainda inúmeros problemas administrativos. Aliás, vender uma realidade mais positiva do que realmente ela é foi a marca de todos os presidentes que passaram pelo Guarani: José Luis Lourencetti, Leonel Martins de Oliveira, Marcelo Mingone, Álvaro Negrão, Palmeron Mendes Filho, Horley Senna. Ricardo Moisés não seria diferente.

Você pode perguntar: e quando vão merecer elogios? Quando ocorrer o cumprimento pleno da sentença judicial  e a construção da nova Arena, da nova sede social e Centro Treinamento. Sem contar o pagamento dos impostos e também das ações trabalhistas. Antes disso, tudo é fumaça autopromoção.

(Elias Aredes Junior)