Guarani e o enredo errático na Série A-1 do Campeonato Paulista. Existe tempo para consertar?

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O cinema é precioso. A chamada “sétima arte” é um espelho da vida humana. Retrata como poucos fatos da vida real e transmite lições. O esporte não fica atrás. Alguns filmes são especiais ao retratar o mundo dos esportes.

Exemplo disso é MoneyBall, lançado por 2011, e que  é considerado por muitos como uma verdadeira aula de gestão esportiva. O filme é baseado em fatos reais, e conta a história do gerente geral de um time de beisebol conhecido por alguns fracassos em sua carreira.

Depois de algumas circunstâncias e falta de dinheiro para contratar jogadores, o dirigente começa a apostar em estatísticas e probabilidades para colher o sucesso.  Assim, ele poderia montar seu time, sem gastar tanto dinheiro ou pegar empréstimo. Deu certo.

Este cenário encaixa-se perfeitamente em qualquer executivo de futebol de todo time médio. Evidente que está entrelaçado com Rodrigo Pastana, o manda chuva do futebol do Guarani.

Vamos partir do começo: existe pouco dinheiro disponível.

Ou alguém acha que o Guarani pode competir com marcas do porte de Fortaleza, Ceará, Sport, Athletico-PR ou até Red Bull Bragantino? Não, não dá. Tem que fazer muito com pouco. A margem de erro é pequena.

Talvez este seja o problema de Rodrigo Pastana.

No ano passado, as contratações de Jamerson, Isaque e Yuri Tanque foram certeiras. Elas potencializaram o rendimento da equipe e proporcionaram a campanha no returno de 33 pontos em 19 jogos e o terceiro lugar. 

Neste ano, o cenário mudou. Para pior. Yago foi contratado e não brilhou. Lima é um volante que cumpre funções burocráticas e longe do dinamismo e da técnica que Bruno Silva exibia no passado. 

Bruno Michel? Tem boa velocidade, mas não mostrou todo seu potencial. Derek está lesionado, mas ainda não fez diferença. Alguém deu certo? Apesar do rendimento abaixo da critica no último sábado, a dupla de zaga formada por Lucão e Luciano Castan, no geral, tem bom rendimento. 

A consequência de escolhas erráticas produzem provocam reações imediatas. Com sete rodadas pela frente e o bafo do rebaixamento no cangote, Pastana saiu a luta. Já anunciou Isaque e certamente existirá uma corrida contra o tempo para deixa-lo em condições de jogo para encarar o Red Bull Bragantino. Diante da ausência de Giovanni Augusto, a sua presença seria um belo alento. 

O Guarani tem mais duas vagas para serem preenchidas. Tudo que ser feito neste mês. 

Agora, cabe a pergunta: quem tem mais culpa pela má fase: Rodrigo Pastana, o Conselho de Administração ou Mozart?

Evidente que a responsabilidade final é de quem monta o time, ou seja Pastana. E de quem avaliza estas contratações, que são os componentes do C.A. Mas o técnico Mozart precisa repensar suas metodologias.

Se não existe meia típico, como atuar com apenas três componentes no meio-campo? Apesar da solidariedade dos atacantes, isto não é garantia de preenchimento no setor. Sem contar que Richard Rios está nitidamente sobrecarregado nas funções de marcação e armação de jogadas. 

Em suma: não é caso para desespero. Ou acha que tudo vai desabafar. Existem sete jogos pela frente. Há chance de recuperação. Mas que existe tempo de recuperação isso tem. Basta querer.