Guarani, Felipe Conceição, Cruzeiro e a principal derrotada: a cobertura da crônica esportiva campineira

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Os jornalistas Julio Nascimento e Marcos Luiz, da Rádio Bandeirantes não precisam de defesa. São maduros, vacinados e profissionais com a situação sedimentada no mercado. Só que a repercussão do furo de autoria deles sobre a saída de Felipe Conceição demonstra nossa pobreza de espirito e desunião dos cronistas esportivos campineiros.

Tais acontecimentos dão uma prova cabal de que algo precisa ser feito não só para aprimorar a qualidade de tudo e de todos (este Só Dérbi) mas estabelecer novos parâmetros de convivência e entendimento.

Os últimos acontecimentos provam  quanto a nossa classe é desunida e como muitos jornalistas esportivos campineiros trabalham mais para derrubar companheiros ou detonar com sua credibilidade do que para instituir uma competição saudável e em benefício da audiência. Nem que isso reverta-se em produzir um quadro de constrangimento dos profissionais perante os torcedores.

O que se produziu  nas últimas horas não foi  buscar a verdade ou cobrar declarações do técnico bugrino e de qualquer um dos sete componentes do Conselho de Administração, mas desqualificar a matéria inicial, tripudiar em cima da reportagem de quem, no fundo, é trabalhador do setor de comunicação. Entender e respeitar o trabalho de quem estudou, adquiriu conhecimento e frequentou uma faculdade para exercer uma função de relevo social é o mínimo que se espera.

Tem outra informação? Ótimo. Contextualize, cite dados, mostre as perspectivas e não escreva apenas com a intenção de depreciar o trabalho dos outros. Parta do fato inicial noticiado e prove que ocorreu uma mudança de rumo nos acontecimentos. O que custa?

Dizer que o trabalho feito pelo companheiro de profissão  é chute ou que tem informações no Conselho de Administração mostram uma intenção contrária, que é a de demonstrar um um espirito de vingança mesquinho, menor e que não acrescenta nada. Ou querer jogar para torcida, o que no fundo, também não resolve nada.

E se Felipe Conceição ficar? Eu pergunto: e daí? Fatos existiram e que conduziram a essa situação. Conceição almoçou com dirigentes do Cruzeiro em São Paulo, ouviu a proposta e na melhor das hipóteses, balançou com ela. Ou seja, a matéria inicial estava correta.

Dizer que um desfecho diferente tiraria a credibilidade de quem noticiou primeiro sobre a saída do torcedor bugrino é uma tremenda e absurda deslealdade profissional. E comprova total falta de noção do que é a maneira de cobrir um suíte, que são as matérias geradas a partir de um furo de reportagem.

Muitas vezes fico contra as criticas de muitos torcedores sobre o trabalho da imprensa campineira local. Tem gente valorosa. Agora, alguns precisam ajudar. Para que o esforço de muitos não seja perdido apenas por ressentimento ou fanatismo inconsequente. E que prejudica pessoas de bem. E indiretamente arrebenta com aqueles que sonham com um jornalismo esportivo campineiro relevante.

(Elias Aredes Junior)