Guarani: Ricardo Moisés e Michel Alves são criticados. E o restante do Conselho de Administração? É justa a posição confortável na opinião pública? Quem assumirá a bronca?

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Nomes e mais nomes rodam pelas redes sociais para a escolha do novo técnico do Guarani. Criticas são dirigidas ao superintendente executivo de futebol, Michel Alves e ao presidente Ricardo Moisés. Em parte pela demora. Outros tecem críticas pelos profissionais ambicionados.

Interessante é observar que apesar de ser formado por sete componentes, seis são absolvidos do debate da opinião pública. Não por culpa da torcida e sim porque eles não aparecem. Não prestam contas. Não conversam com os torcedores.

Rubens Vicente Junior, Anailson Batista Neves André Marconatto, Felipe Ramos Roselli, João Alexandre Moreira e Marcos José Lena vivem no paraíso. Opinam na escolha do novo técnico, apresentam nomes, vetam outros, fazem mil e um planos e não são cobrados pela torcida. Motivo: vivem escondidos nos gabinetes. Sequer usam as suas redes sociais ou aplicativos de telefone para se justificarem. Se algo der errado, vão se proteger no escudo de Ricardo Moisés, que levará a culpa totalmente.

O atual presidente bugrino merece muitas criticas. Só que  o justo é justo. Se o Guarani tem por objetivo instituir um Conselho de Administração como método de governança, a democracia e a divisão de tarefas deveria imperar. Não falo de descentralização administrativa. Isso acontece, com certeza.

Analiso algo vital: assumir responsabilidades perante a opinião pública. Evidente que as posições de Ricardo Moisés são frutos de discussões travadas dentro do Conselho de Administração.

Alguns pontos não podem ficar obscuros: o próximo técnico do Guarani será produto de quem? Quem vai indicar? Qual será o membro do C.A que acompanhará mais de perto a evolução do trabalho? O que esse integrante faz para ficar antenado com as tendências do futebol nacional? Mais: o escolhido(ou escolhidos) do C.A para acompanhar o departamento de futebol profissional gozam de credibilidade junto a torcida bugrina? O que os componentes do C.A pensam do rendimento do atual Guarani?

O responsável principal pela contratação é Michel Alves. Ponto pacífico. Mas não exclui a responsabilidade de todos . E nessa conta entra os outros seis integrantes do C.A. Que precisam aparecer e respaldar as decisões tomadas. E assimilar as criticas pelos erros de gestão e não somente dar as caras junto a torcida na hora da alegria e das vitórias.

Dirigir o clube do coração tem bônus inestimáveis para a autoestima. Mas também tem responsabilidades perante a opinião pública. Esta na hora dos outros seis integrantes do C.A. entenderem o conceito. Para o bem de todos.

(Elias Aredes Junior)