Negociação Chamusca x Guarani: um fracasso, duas versões. E lições para o futuro

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Bastaram algumas para que o sonho de contar com Marcelo Chamusca virasse um pesadelo para o Guarani. Uma reviravolta que deixou atordoado o torcedor bugrino, especialmente porque duas versões circulam na opinião pública.

No primeiro roteiro, e que recebe aval do Conselho de Administração nos bastidores, dá conta de que o treinador não entrou em acordo na parte financeira e que a concorrência do Juventude, recém promovido a divisão de elite mexeu com os sentimentos do técnico, vice-campeão da Série C com o Guarani em 2016.

Outra versão demonstraria a ausência de malícia por parte dos atuais integrantes do Conselho de Administração.

Nesta outra edição desta novela, Marcelo Chamusca teria aceitado flexibilizar a sua pedida inicial salarial mas exigiu garantias para o pagamento, em virtude de que o valor ultrapassaria o teto que pode ser pago com o orçamento bugrino atual. Para fazer jus ao compromisso, o Guarani teria entrado em contato com parceiros comerciais para formar um pool que complementasse o valor pedido de Chamusca.

Quando iniciou a procura por um novo treinador, a estimativa era de que o gasto com a nova Comissão Técnica não furasse o patamar estabelecido.

Foi concedido um prazo para o clube campineiro apresentar a minuta do contrato e o técnico ficou no aguardo e neste cenário, ele já tinha na mão a proposta do Juventude.

Por esta versão, após receber ligações de jornalistas campineiros, o empresário de Chamusca, o ex-presidente do Bahia, Marcelo Santana, ficou desgostoso com a situação e decidiu abortar a operação.

Independente de qual versão corresponda a verdade, um fato é inequívoco: faltou tato, malícia e até uma dose de esperteza para o Conselho de Administração gerir o quadro. Que fique a lição.

(Elias Aredes Junior)