Guarani x Tombense: chegou a hora da verdade na arquibancada

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Existem instantes decisivos na vida de um time. Jogos fundamentais para a construção de uma história afetiva. Pois o Guarani viverá um cenário semelhante neste domingo, às 11h30 quando jogar contra o Tombense, no Estádio Brinco de Ouro, em confronto válido pela Série C do Campeonato Brasileiro.

Duelo vital no gramado? Sim, porque se chegar aos 24 pontos a classificação passará a ser uma questão de tempo. Só que o duelo preponderante será feito no borderô, no registro da presença de público. Nas vendas antecipadas, a torcida bugrina já deu boa resposta, pois os ingressos disponibilizados para o setor embaixo do tobogã já estavam esgotados desde as 13h de sexta-feira. 

Pela campanha desenvolvida no gramado, a torcida deveria apoiar mais. Apesar de erros na gestão do presidente Horley Senna. Ocorreu uma sinalização neste sentido quando na vitória sobre o Boa Esporte, a primeira no Brinco de Ouro com portões abertos (Guaratinguetá e Macaé foram com portões fechados). Na ocasião, foram registrados 4624 pessoas presentes.

Contra o Botafogo de Ribeirão Preto o boletim financeiro registrou 4041 espectadores e diante do Ypiranga outros 2937 torcedores pagaram ingressos. Do jogo inicial com público para o terceiro a queda foi de 36,48%. Para justificar o revés, a explicação dada por torcedores nas redes sociais era quanto ao preço do ingresso, de R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia entrada.

Eis que o Guarani, após a vitória diante do Guaratinguetá, em Limeira anuncia uma promoção de ingressos vigente desde quarta-feira e com o valor de R$ 10 a entrada na maioria dos setores e com validade até o próximo sábado, dia 30.

O resultado a ser anunciado pelo alto falante dará uma boa medida da temperatura entre os torcedores na terceirona. Se for igualado ou superado o recorde registrado no jogo contra o Boa Esporte (algo reforçado pela venda antecipada), é sinal de que o problema está no valor do bilhete. Não haverá outra saída para os confrontos restantes em Campinas contra Juventude, Portuguesa e Mogi Mirim senão a de bancar uma política barata de ingressos.

Um estádio com capacidade máximo mostrará que o torcedor acredita na repetição dos finais felizes vividos após os acesso de 2007 sob o comando de Carbone, em 2008 com Luciano Dias, em 2009 com Vadão e na Série A-2 de 2011 com Vilson Tadei.

Não há como fugir: chegou a hora da verdade para o Guarani e sua torcida.

(análise feita por Elias Aredes Junior)