Há 20 anos, Ponte Preta e Guarani estavam na frente do Athletico-PR. Hoje, Campinas é a vanguarda do atraso

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Em 1999, o Campeonato Brasileiro foi vencido pelo Corinthians. Altamente disputado e com boa participação dos clubes campineiros. A Ponte Preta foi a sexta colocada após ser eliminada nas quartas de final em uma série de três jogos contra o São Paulo. O Guarani, na sua primeira competição sem o comando de Beto Zini, ficou na oitava colocação após ser eliminado pelo Timão no mata mata inicial.

Na ocasião,  Athletico Paranaense ficou na nona posição e ficou fora da festa. Não ficou parado. Uma série de acontecimentos transformou um clube  médio e com menor relevância do que a dupla campineira em potência. Patamar ratificado após conquistar a Copa do Brasil.

Provas de que o futebol campineiro parou no tempo.

Naquele mesmo ano, o rival paranaense inaugurava a Arena da Baixada.

Detalhe: o estádio não foi erguido para pagar dividas trabalhistas ou para agraciar algum mecenas e sim para colocar o clube em novo patamar histórico. O ano de 1999 também foi marcado pela inaugurado pelo Centro de Treinamento do Caju foi inaugurado.

Dois anos depois, o Furacão conquistou o primeiro tiitulo nacional e em 2005 fez a decisão da Copa Libertadores contra o São Paulo. Desde a instituição da fórmula dos pontos corridos, em 2013, o novo campeão da Copa do Brasil disputou a segundona nacional uma única vez, em 2012. Os outros dois rebaixamentos foram em 1989 e 1993.

E o futebol campineiro? O Guarani nos últimos 20 anos perdeu relevância, foi rebaixado dez vezes, participou por quatro anos seguidos da terceira divisão nacional e teve que entregar um estádio sucateado para pagar dividas trabalhistas.

A Ponte Preta não pode levantar a voz. É verdade que tem situação financeira um pouco melhor. Mas tem sua divida atrelada a uma única pessoa. O estádio Moisés Lucarelli.  é deficitário e a própria Arena projetada para o Jardim Eulina gera mais duvidas e confusões do que certezas.

Quanto ao desempenho em campo, não há como contestar de que o time não pode ser acusado como participante da terceirona. Em contrapartida, amargou rebaixamentos em 2006, 2013 e 2017.

Enquanto isso, o Athletico-PR comemora a Sul-Americana e a Copa do Brasil. Veja: um clube que há 20 anos estava atrás de Ponte Preta e Guarani hoje dita as normas.

Competência, eficiência e planejamento em Curitiba e incompetência nos dois rivais campineiros. Simples assim.

(Elias Aredes Junior- Foto de Miguel Locatelli- Site oficial do Athletico-PR)

3 Comentários

  1. O rebaixamento técnico e moral promovido por diversos dirigentes da Ponte e Guarani é notório, basta ver que até a convocação do goleiro Ivan fazia 17 anos que os times de Campinas não tinham um jogador formado no clube campineiros convocado pra seleção principal. E pelo visto, o cenário pouco mudará nos próximos anos.

  2. Competência, eficiência e planejamento, na Ponte Preta não existem, o presidente diz que é preciso ter fé. Devia entregar o cargo e virar Pastor. Estou preocupado com o desempenho da Macaca, se continuar assim vamos viver o 2018 invertido, pois o nosso irmão lá de baixo está mais animado.