O legado de Umberto Louzer não pode ser desmanchado no Guarani

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Os resultados dizem por si. Três derrotas e um empate. Fim do sonho do acesso. Rendimento técnico abaixo do esperado. Poucas variações de jogo. Esquema tático que por vezes fica enrolado e não sai da estaca zero. Tudo isso é verdade no Guarani e que é admitido pelo próprio técnico Umberto Louzer.

Sábio e consciente,  reconhece a brevidade do cargo de treinador de futebol. “Esse tipo de preocupação eu não tenho (risco de demissão), estou ocupado em fazer a equipe evoluir, para que a gente possa voltar o caminho das vitórias e do bom desempenho”, disse o treinador após a partida de sábado.

Seria importante Louzer terminar o ano como técnico do Guarani. Envergará  no currículo 56 jogos e o Conselho de Administração e a diretoria de futebol terão instrumentos para fazer uma análise correta e profissional. Demiti-lo ainda com cinco partidas para serem jogadas e sem chance de acesso é incoerente para quem prega continuidade.

Só chamo atenção para um aspecto: críticos mais instigados não podem negar que Umberto Louzer criou um modelo de jogo ao Guarani, uma maneira de jogar. Posicionamento com preocupação de compactação e avanço pelos lados do campo com os laterais. A existência de um atacante de referência para arrematar a gol e um volante capaz de atuar como elemento surpresa, como fez Ricardinho na decisão da semifinal contra o XV de Piracicaba.

Se acontecer uma troca, que seja no final do ano. E que o novo profissional avance no modelo de jogo construído por Louzer. Atitudes inconsequentes são ingredientes que o Guarani não precisa neste momento.

(análise feita por Elias Aredes Junior)