Recomendação a diretoria executiva da Ponte Preta e Sérgio Carnielli: que tal uma olhada no espelho antes de apontar o dedo?

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Nos últimos anos, o filme era exibido e ninguém gostava. Em 2014, a oposição era quase que proibida de pedir explicações na Ponte Preta porque poderia atrapalhar a reta final da Série B do Campeonato Brasileiro. Nas edições de 2015 e 2016 do Brasileirão, a desculpa teve o acréscimo de que não seria de bom tom estragar campanhas “históricas”. No ano passado, o roteiro ganhou apelo emocional. A torcida estaria ferida e machucada pelo rebaixamento e por isso não seria adequado abordar temas espinhosos.

Fico aqui com meus botões: qual será a enrolação da vez? Nem Sérgio Carnielli, Vanderlei Pereira ou José Armando Abdalla Junior poderão reclamar da oposição ou de seus movimentos. Foi a própria diretoria pontepretana e seus apoiadores que criaram a ópera bufa que virou a atual temporada. E que só não desmanchou por completo porque Gilson Kleina tem poderes de David Copperfield e opera magias no vestiário..

É só fazer um retrospecto. A sucessão presidencial não foi atrapalhada por culpa da oposição e sim da própria situação que mudou o presidente de última hora. Quem gerou tumulto na última reunião do Conselho Deliberativo não foi nenhum integrante do “Tudo pela Ponte, Nada da Ponte”. As celeumas ocorreram por causa de brigas de Sérgio Carnielli com Gustavo Válio e posteriormente Carnielli com Abdalla. Lavação de roupa suja dentro de casa.

Os acontecimentos em 2018 foram didáticos e uma dádiva a oposição. Sim porque quem contratou Eduardo Baptista, Doriva, Brigatti e agora Gilson Kleina não foi nenhum integrante daqueles com opinião independente. Quem contratou de modo equivocado e quase caiu no Paulistão não foram conselheiros contrários. Quem construiu uma situação financeira irregular e delicada não foi nenhum conselheiro crítico. Tudo isso citado foi obra de Sérgio Carnielli e de seu grupo político. Então, ao invés de apontar o dedo para o outro lado, recomenda-se olhar no próprio espelho. Muito mais saudável.

(análise feita por Elias Aredes Junior)