Ponte Preta: crise no gramado, tentativa de isolamento político e a busca de caminhos mais tranquilos

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O que dizer sobre o momento da Ponte Preta? Admito, tem muito assunto. Não poderá ser esgotado em um único post. O problema no gramado é grave. Gravissimo. O péssimo rendimento dos atletas  é reflexo direto da crise política que se aprofunda ainda mais. Existe uma clara divisão .

Mesmo que muitos não aceite a teoria, está claro que o presidente Marco Antonio Eberlin enfrenta uma tentativa de isolamento político.

Vamos aos fatos.

Boa parte das arquibancadas está em litigio com o presidente. O torcedor comum, que paga o programa de sócio torcedor e que se atualiza nas redes sociais e os veículos de comunicação reprova a administração.

Não aceita a condução de Eberlin.

Anteriormente, existia a boa vontade das Torcidas Organizadas. Não existe mais. A Serponte anunciou rompimento com a Diretoria Executiva e por outro lado a Torcida Jovem também mostrou seu descontamento diante da queda de produção da equipe. A conclusão: esses personagens podem não ter voto, mas é inegável que influenciam e muito no ambiente.

E quem está com Eberlin? A velha guarda, especialmente ex-presidentes como Pedro Antonio Chaib e Lauro Moraes e aliados que ficam ao redor.

Mas tal apoio pode ser insuficiente. Explico: boa parte do descontentamento vem dos torcedores mais jovens e que queriam um novo horizonte após viverem instantes tenebrosos nos últimos 15 anos.

Para eles, tais personagens tem sua relevância história, mas para os torcedores mais jovens, o simbolismo é próximo a zero. Triste, mas é a realidade.

Eberlin tem um escudo que cobre apenas uma parte do seu corpo. Tudo isso contra uma avalanche gerada por descontentamento com os rumos do futebol profissional. E diante do que está colocado na classificação, como repudiar a má vontade da torcida? Como considerar normal a questão da luta contra o rebaixamento à terceira divisão?

Sempre afirmamos que a Ponte Preta tem uma torcida que tem um time. Atualmente, a torcida considera que não tem nada.

Não há como recriminar este sentimento. Quanto aos aliados de Eberlin, que eles tenham consciência de que, sem agradar as arquibancadas, não há como ter sucesso e entrar para a história.

(Elias Aredes Junior com foto de arquivo Pontepress)