Ponte Preta e os jovens torcedores: como atrair?

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Na pesquisa publicada no ano passado em conjunto com o Jornal Lance!, o Ibope atestou que 20 milhões de brasileiros frequentam os estádios. Desse total, 13,7% estão situados na faixa etária de 10 a 15 anos enquanto que 14,1% estão com idade entre 16 a 24 anos. É o tempo necessário para definir uma paixão pelo resto da vida. Sabemos que os gigantes do futebol dispõe de dinheiro para arregimentar fãs e fidelizá-los. Fato. Pergunta: o que faz a Ponte Preta para trabalhar neste nicho?

Reconheço o esforço da diretoria em fomentar programas e procedimentos que mantenham a magia e sua história única. No entanto, é pouco. O jovem, antes de tudo, trabalha com utopia. Tem a esperança como combustível de seus sonhos e do coração. Quer lutar por uma causa, por um objetivo.

Não ignoro a disparidade de cotas. Não esqueço a luta pela manutenção na Série A do Brasileirão. É necessário, urgente, inadiável por vezes. No meio desta confusão, onde estão as contratações criteriosas, certeiras e com jogadores talhados a desequilibrarem a um custo baixo? Não, por vezes o armador nato não é peça vital. Um bom técnico e um elenco equilibrado resolvem. Ênio Andrade e sua conquista pelo Coritiba que o digam…

Hoje, antes da bola rolar, a Macaca não vende esperança. Sequer alento. Perdeu força no banco de reservas e na prática tem três jogadores que atuam no mesmo setor: Clayson, Felipe Azevedo e Rhayner. Todos pelo lado direito.

Penso como meus botões: com tal situação, como um garoto de 15 ou 16 anos pode convencer seu amigo de colégio ou de trabalho a torcer pela Ponte Preta? Como esse garoto poderá ter fé em dias melhores? Melhorar e avançar no Paulistão é a chave para a Macaca não só sonhar com a disputa do titulo, mas conceder argumentos ao seu jovem torcedor no dia a dia. ( EAJ)