Ponte Preta: Fábio Moreno é empurrado para o abismo. Sem paraquedas

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Não queria estar na pele do técnico Fábio Moreno. No Paulistão, tem um ponto somado em nove disputados. Vai para a região centro-oeste do Brasil com a obrigação de vencer o Gama. Ou no mínimo empatar para assegurar a classificação e o prêmio de R$ 1,19 milhão. Resumindo: duas folhas de pagamento.

Moreno assumirá a bronca sozinho. Está isolado. Foi  jogado no abismo sem paraquedas. Trabalha em um departamento de futebol sem diretor estatutário. O motivo é porque o presidente da diretoria executiva entende que o ideal seria alguém remunerado para a função. Não se nomeia ninguém e fica por isso mesmo.

Executivo de futebol? Há oito dias não há ninguém para desempenhar a função. Jogadores são chamados para as entrevistas coletivas enquanto que os dirigentes não encaram os microfones. Se um novo tropeço ocorrer quem será o culpado? O treinador, lógico. Essa é a cultura tacanha do futebol atual.

Fábio Moreno só não pode alegar desconhecimento. O modus operandi é consagrado. Gilson Kleina, João Brigatti, Marcelo Oliveira…em todos eles não existia respaldo ou presença do presidente ou de qualquer componente da diretoria executiva.

O filme está sendo repetido. Fábio Moreno precisa armar uma Ponte Preta competitiva não só para conseguir a classificação e depois uma vitória contra o Botafogo de Ribeirão Preto. É por uma questão de sobrevivência. Quando a impressão é de que você está sozinho não tem jeito: é evitar qualquer vacilo. Que o treinador da Ponte Preta não gagueje.

(Elias Aredes Junior)