Tiãozinho e sua luta para não sair da história da Ponte Preta pela porta dos fundos. Mas porque outros foram absolvidos? É justo?

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Sem querer enrolar e indo direto ao assunto: Sebastião Arcanjo é uma decepção no comando da Ponte Preta. As iniciativas sociais não podem esconder o fato de que por vezes adota uma postura titubeante e de subserviência ao presidente de honra Sérgio Carnielli. Exalta-se ele além da conta. O presidente do Conselho Deliberativo, Tagino Alves dos Santos não pode ser tirado da conta. Se a oposição reclama e grita por suas decisões no Conselho Deliberativo, é porque algo está errado. Nota? Por enquanto daria 3 aos dois. Sem pestanejar. Tem e precisa melhorar. Muito.

O que falta para desmanchar o colegiado de futebol, que se mostrou um estrondoso fracasso até o momento? Por que colocar em votação a questão da Arena em época de recessão? São medidas que estão no colo da dupla e não há como tirar.

Eles precisam ser cobrados. Resultados urgentes precisam aparecer.

Engana-se quem pensa que as cobranças direcionadas a eles têm conotação racial. Nada disso. Acredito que a questão racial manifesta-se de outra maneira: a absolvição aos erros dos dirigentes antigos. A Ponte Preta ficou fora das divisões principais do futebol brasileiro de 1986 a 1997? Por que os presidentes deste período não são relacionados? O que impede.

Tiãozinho mistura futebol com política? Respeito quem aponta o dedo para o mandatário e pede com que ele foque apenas na bola? Então por que apaga-se a ligação que o ex-presidente Lauro Moraes tinha com o Arena, inclusive durante o exercício de seu mandato como presidente da Ponte Preta? A prova? Está aqui, no volume 4 do livro “História da Associação Atlética Ponte Preta”, editada por Sérgio Rossi e que relata na página 327 a saída do Coronel Rodolpho Pettená da presidência da diretoria executiva e a entrada do seu substituto: “(…) Fatores políticos de âmbito nacional forçaram a saída do Cel Rodolpho Pettená da presidência da AA Ponte Preta, para a entrada do presidente regional da Arena, Lauro Moraes Filho, já com passagens pelas presidências dos Conselhos Deliberativos e Fiscal do Clube (…)”, afirma a passagem do livro. No mesmo ano, em novembro, Lauro Moraes concorreu a Arena para a prefeitura de Campinas e teve 7733 votos. Na ocasião, o eleito foi Francisco Amaral, do então MDB. Repito a pergunta: como dizer que Lauro Moraes não misturou as estações? Erros são erros em qualquer tempo. Sem refresco.

O próprio Sérgio Carnielli goza desta absolvição involuntária. Em 2009 e 2010, ele cuidou quase que diretamente do futebol pontepretano. Injetou dinheiro. Colecionou fracassos. Nem seus opositores mais ferrenhos relembram tais fatos. E Carlos Vacchiano? Marco Chedid? Temos que ser justos: eles também falharam como mandatários máximos. E hoje quase ninguém lembra. Por que? Qual a explicação?

Tiãozinho é uma decepção. Poderia ser muito melhor. Como também fracassou como diretor de futebol em 2006, quando caiu com a equipe. Agora, registre-se que outros fracassaram, erraram e gozam de imunidade na história.

Minha visão é que só um acesso neste ano é que fará Tiãozinho fugir da porta dos fundos da história pontepretana. Caso contrário, com justiça, será criticado. Só que não dá para entender porque alguns são recebidos com tapete vermelho se nutrem pecados. Pois é.

(Elias Aredes Junior)