Palmeron Mendes Filho finalmente pode ser considerado como presidente de fato e direito do Guarani Futebol Clube. Após longos 98 dias, o Conselho de Administração esclareceu as pendências necessárias e o cartório liberou a assinatura da Ata para que o dirigente assuma a cadeira deixada por Horley Senna. O ex-comandante ainda atuará dentro da atual diretoria, mas segundo apurou a reportagem do Só Dérbi perdeu sua força política dentro da chapa. Senna comandará os trabalhos da categoria de base e as ações trabalhistas.
O estatuto do Guarani determina que as eleições ocorram sempre antes do aniversário do clube – 2 de abril. O pleito estava marcado para o dia 15 de março, quando a chapa representante da situação, Integração, enfrentaria a Transparência – chapa liderada por Juninho Paes. Mas, a Comissão Eleitoral do clube indeferiu o pedido de inscrição dos representantes da oposição por falta de associados na base de apoio e Palmeron foi aclamado presidente no dia 18 de abril.
A demora para o registro oficial se deu por pendências com a juíza Ana Cláudia Torres. O cartório levantou dúvidas sobre a conduta das eleições para o novo Conselho de Administração do clube que foi realizado em três momentos. Além disso, a Justiça alegou que o Guarani não cumpriu os prazos nas convocações de novas assembleias e pediu esclarecimentos sobre os critérios para a formação do comitê eleitoral. Mas, depois de ouvir Palmeron, Horley e membros do comitê do pleito, liberou para Palmeron tomasse posse definitiva na cadeira máxima do Brinco de Ouro.
Palmeron será o 53º dirigente a sentar na cadeira presidencial do Guarani, mas terá a missão de terminar um mandato na íntegra. Horley Senna assumiu após a renúncia de Álvaro Negrão. Antes, Marcelo Mingone também sofreu muita pressão para deixar a presidência do clube e não conseguiu completar o triênio durante seu mandato.
(texto e reportagem: Júlio Nascimento)