Análise: Fernando Diniz sai e todo mundo fica feliz. Como? Não é difícil entender

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Fernando Diniz não é mais técnico do Guarani. Aceitou uma proposta financeira tentadora do Atlético-PR. Deixou o trabalho encaminhado para o seu sucessor. Interessante é constatar que seu repentino desligamento trouxe satisfação de todos os lados.

Do lado do treinador nem precisamos dizer. Receberá a principal chance de sua carreira. Vai disputar a divisão principal do Brasileirão e ganhará tempo suficiente da diretoria para implantar a sua metodologia de trabalho. Participará do Campeonato Paranaense com um elenco Sub-23 e terá tempo suficiente para implementar suas ideias.

Um cenário que degustaria em caso de tropeço com o Guarani na Série A-2. Se Mário Celso Petraglia cumprir com sua palavra, Fernando Diniz ganhará o ativo em falta no futebol brasileiro: tempo de trabalho.

A torcida do Guarani também comemora. Por incrível que pareça. Nas redes sociais, a impressão geral é que o Guarani livrou-se de um aventura futebolística cuja as consequência são impossíveis de serem medidas.

O toque de bola excessivo, a escassez de finalizações e a valorização de jogadores técnicos tinha resistência nas arquibancadas por confrontar-se com as caraterísticas da Série A-2, um campeonato focado no preparo físico, na marcação intensa e na entrega dos atletas. Totalmente diferente daquilo que prometeu Fernando Diniz em sua apresentação.

Na sua despedida, o ex-comandante bugrino, de acordo com informações, fez questão de enaltecer a comissão técnica fixa, sua entrega e capacidade de antecipar-se aos problemas. Na sua visão, uma equipe capaz de dar conta dos desafios da divisão de elite do futebol nacional. Tanto que teria vivido 30 dias de preparação intensa e primorosa e fadada ao sucesso.

Este é o conflito exposto. Talvez um imprevisto precisou acontecer para o Conselho de Administração e a diretoria de futebol entenderem que a solução esteja dentro do próprio Brinco de Ouro. Que o respaldo seja dado para a caminhada de 15 rodadas e que poderá culminar em um acesso tão desejado pelas arquibancadas.

(análise de Elias Aredes Junior)