Mesmo com o Campeonato Paulista em andamento e a mistura do risco eminente do rebaixamento com o sonho da classificação para a próxima fase, o departamento de futebol da Ponte Preta já trabalha na montagem do time para a disputa do Brasileiro da Série A.
Com um início de ano abaixo da média, a expectativa é que nos próximos dias jogadores de mais nome desembarquem no Majestoso. Pelo menos quatro atletas que ganham acima da casa dos cem mil reais por mês estão nos planos, sabendo das dificuldades que o campeonato irá apresentar. Um exemplo são os nordestinos Sport e Vitória que tem se reforçado com atletas de nome.
O gerente de futebol da Ponte, Gustavo Bueno, garantiu que a Macaca está atenta as situações do mercado “Nós chegamos a pensar na situação do Kieza mas o custo era um milhão e meio de dólares para transferir, um salário alto e contrato de três anos”, revelou o dirigente que, apesar da política de pés no chão estabelecida no clube garantiu reforços de nível para o Brasileiro. “Nosso entendimento é fortalecer. Buscar jogares que briguem por titularidade”.
A reformulação da equipe já começou nessa semana com a chegada do lateral direito Diogo e a saída do volante Ferrugem para o Figueirense. “Foi uma questão de oportunidade. O Vinicius Eutrópio nos procurou e mostrou o interesse de contar com ele lá. Tivemos uma conversa e ficou entendido que era um setor que tínhamos peças que poderiam suprir a ausência dele ao longo do ano. Conversamos com o atleta e ele demonstrou o interesse de ir, já que no primeiro momento não contaríamos com ele para o Brasileiro”, afirmou Gustavo Bueno que também justificou a chegada de Diogo devido ao novo posicionamento de Nino Paraíba. “Como a comissão técnica entende que o Nino Paraíba pode ser mais útil na segunda linha, existiu a necessidade da contratação de mais um lateral”.
Mesmo ciente das dificuldades que o mercado apresenta devido ao baixo orçamento comparado a outros clubes da série A, a Ponte Preta aposta na fama que vem adquirindo de boa pagadora e também uma excelente vitrine para que os jogadores demonstrem valor. “Os jogadores se falam e a Ponte Preta é um clube pagador. A Ponte vem pagando em dia ao longo dos anos e isso pesa. Pablo, Biro-Biro, Renato Chaves…. Os jogadores vem a Ponte Preta como um clube de grande visibilidade. E os clubes também para realocarem atletas”, lembrou Gustavo Bueno que, apesar de estar focado no planejamento não se desliga do time que começou 2016 de maneira conturbada no Paulista e tenta a recuperação nas últimas rodadas. “Nós tivemos uma conversa com o elenco e eu coloquei que montamos um elenco pra brigar pelo título do campeonato Paulista. Se colocar no papel são jogadores que tem lastro de série A. Mas o time ainda não deu liga. Mas tá ajustando e melhorando rodada após rodada”, finalizou Bueno.
(Texto e reportagem por Paulo do Valle)