No treinamento realizado na terça-feira Gilson Kleina continuou fiel aos seus padrões estabelecidos na Ponte Preta e escalou os titulares com Matheus Vargas e Thiago Real. Dois armadores para oferecer opções de contra-ataque diante do Avaí.
Sua coerência é elogiável, mas precisamos refletir de modo mais profundo sobre um tema já abordado no raio X tático do Avaí. Seu nome: Danilo Barcelos.
Ninguém será louco de pedir a retirada do lateral-esquerdo. Longe disso. Não há como ignorar fatos. Sua eficiência na bola parada é inquestionável. Seja no escanteio ou na falta frontal, é uma opção admirável. Muitos gols saíram de seus pés.
Existe a contrapartida. Qual? Geralmente Barcelos é posicionado um pouco mais frente, para evitar percorrer uma distância maior, assim como faz o incansável Ruan. Dessa vez será diferente.
Por que? O seu oponente no setor será Guga, uma das principais opções ofensivas do Avaí. Jogador de força e velocidade, Guga recebe a assistência de Rômulo ou Marquinhos para que utilize seu cruzamento para conclusões de Getúlio, Rodrigão ou de Renato, que aparece a partir da zona intermediária. Seria de bom grado matar no ninho. Evitar essa bola cruzada e faltas para Guga calibrar o seu pé.
Uma boa dose de sacrifício deverá surgir de Junior Santos. Terá que sacrificar a ambição de artilharia e auxiliar na marcação. Fechar os espaços e se possível a partir dali puxar os contra-ataques, o que poderia intimidar Guga de exercer a função tática ofensiva delimitada por Geninho.
Pode parecer que não, mas o jogo poderá ser definido por ali. Vamos aguardar.
(análise feita por Elias Aredes Junior)