Como a experiência ajudou a Ponte Preta a formatar o milagre na Série B

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Assim que tomou posse na presidência da Ponte Preta, José Armando Abdalla Junior revelou a disposição de adotar uma gestão austera. Corte de gastos na veia e aposta nos meninos revelados pelas categorias de base. O sufoco para fugir do rebaixamento no Paulistão não foi apagado nem com a conquista do título do interior.

Eis que chegamos na fase decisiva da Série B. Uma vitória e a Alvinegra estará na divisão principal do futebol brasileiro. Gilson Kleina foi eleito como o maestro desta transformação. Um detalhe foi esquecido: a experiência trabalhou para Macaca. Existem alguns jovens como o atacante André Luiz, de 21 anos, o goleiro Ivan, 20 anos e até o atacante Junior Santos, que aos 24 anos recebe sua efetiva oportunidade no futebol.

Mas pare um instante e pense no trabalho feito por Tiago Real, de 27 anos, Renan Fonseca, de 28 anos, Reginaldo, com 26 anos, Danilo Barcelos, com 27 anos. Citei jogadores no auge da forma física e com experiência na estrada da bola. Viveram e presenciaram fatos diversos. Lamentaram frustrações. Saborearam reviravoltas. São acostumados ao clima de pressão e de cobrança por resultados.

Serão vitais para que garotos como Matheus Vargas, de 22 anos ou Nathan com seus 21 anos não se intimidem com a atmosfera a ser criada no estádio da Ressacada. Concordo que são atletas operários e destemidos. Mas como dizia o escritor  Guimarães Rosa: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Sem os “vovôs”, esse atributo não aparecia nos garotos. E o milagre não estaria tão próximo.

(análise feita por Elias Aredes Junior)