Em entrevista concedida na tarde de hoje no estádio Brinco de Ouro, o presidente Horley Senna defendeu a validade do acordo feito na Justiça Trabalhista com o empresário Roberto Graziano e assegurou que todas as garantias foram tomadas para assegurar os direitos do Alviverde. “Não tem como perder tudo. O Guarani tem suas garantias. Temos tudo aqui no contrato. Respaldado o Guarani está. Caso o Roberto queira passar para outro, vai ter intervenção da Justiça do Trabalho. O Guarani precisa de um parceiro que entregue todas as garantias”, disse o dirigente bugrino.
Em contrapartida, o dirigente admitiu que existe um limbo jurídico que coloca o clube em situação delicada. “Pode acontecer um novo leilão, mas daí vamos brigar pelo valor total da Justiça Federal, em torno de R$ 475 milhões. Caso aconteça algo assim futuramente, o Guarani vai brigar por essa avaliação, que é mais benéfica financeiramente”, explicou Senna.
Apesar das criticas feitas por Roberto Graziano, o dirigente bugrino não fechou as portas. Pelo contrário. Fez questão de enaltecer os diversos auxílios fornecidos pelo empresário. “Tem que enaltecer o que o Roberto fez. Foi corajoso, arrojado. Dentro desse projeto, ajudou e muito. Sem titubear. Hoje nós gastamos R$ 477 mil de folha salarial e temos R$ 500 mil para gastar na Série A2. Agora depende da nossa competência para conquistar o acesso. Não quer dizer que a folha vai definir quem vai subir ou não”, disse.
Ele rebate a acusação encaminhada por Graziano de que existiu um aumento de demandas trabalhistas. “Não caberia ter 130 ações na nossa gestão. Houve uma demanda muito grande porque viram que a Magnum estava pagando. Pessoas da gestão de Álvaro Negrão e outros entraram com pedido para receber, ao ver que iam pagar. O caso do Jhon Obregón (atacante que passou pelo Guarani em 2014), por exemplo. Fez um pedido de R$ 3 milhões, e a condenação dele foi de R$ 16 mil”, disse Horley Senna, que deverá divulgar nos próximos dias a definição sobre as situações do técnico Marcelo Chamusca e do superintendente de futebol, Rodrigo Pastana. Ele disse que oito jogadores deverão ter o seu contrato renovado.
(texto e reportagem: Elias Aredes Junior)