A decisão do Guarani: ser um time ofensivo. A defesa paga a fatura. Que a torcida compreenda

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Quando o técnico Daniel Paulista implantou a sua filosofia de trabalho, o torcedor ficou satisfeito porque reestabelecia o espirito ofensivo dos tempos de Felipe Conceição. Só que toda escolha produz uma consequência. Para o Guarani, foi o fato da equipe ser a quarta pior defesa, a frente apenas de CRB e Confiança, com 20 gols sofridos e o Cruzeiro, com 23. Note que os dois últimos disputam pela permanência.

Um patamar muito distante do Goiás, proprietário da defesa menos vazada com sete gols tomados em 14 jogos. No caso do Guarani verifica-se que é um problema de filosofia de jogo e nem tem relação com a qualidade dos atletas. Uma prova? Basta dizer que a dupla de zaga formada por Ronaldo Alves e Thales atuou junta em cinco partidas e sofreu seis gols e conquistou dez pontos. Por outro lado Thales e Carlão atuaram juntos por cinco vezes, tomar seis gols e faturam oito pontos.

As outras duplas que iniciaram as partidas foram formadas por Carlão e Ian Carlo, Ronaldo Alves e Carlão e Thales e Titi, sendo que esta último já atuou por 180 minutos e tem aproveitamento de um ponto e quatro gols sofridos. Culpa de Titi? Não. De jeito nenhum. As duas principais duplas só tiveram o rendimento que constatamos porque tiveram tempo para adquirir um craque precioso: o entrosamento. Tití foi jogado na fogueira. Como culpa-lo? Impossivel.

Talvez o destino lhe a conceda de afinar o entrosamento com Thales. Afinal, Carlão finaliza recuperação de lesão na panturrilha esquerda e Ronaldo Alves tem uma contusão na coxa esquerda. Como devem iniciar a fase de transição física não aposto que um ou outro possa ser acionado.

O fato é que no atual esquema de jogo de Daniel Paulista, o foco ofensivo terá prioridade. As consequências terão que ser administradas pela comissão técnica e compreendidas pelo torcida. Viver é escolher.

(Elias Aredes Junior-foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)