Análise Guarani: a luta pela renovação de Luiz Gustavo prova de que o futebol vai além do gramado

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Diante da crise politica e financeira pelo qual atravessa há pelo menos 20 anos, o Guarani viu a escassez de resultados aumentar na mesma medida que reduziu o número de jogadores identificados com a arquibancada.

No passado, era fácil. As categorias de base revelavam em boa quantidade e não era precisa muito esforço para arregimentar um líder no gramado ou alguém que o torcedor via como seu representante. Os últimos dois representantes de um jeito ou de outro foram o armador Fumagalli e o volante Ricardinho.

Quando leio que a diretoria do Guarani faz esforço para renovar o contrato de Luiz Gustavo eu não me espanto. Considero natural.

Se fosse pelo jogador em si, o vínculo ficaria na berlinda.

Apesar de bom poder de marcação, exibiu algumas dificuldades nas jogadas de mano a mano e a estatura (1,80) não ajuda para quem atua em um futebol cada vez mais calcado na bola área. Altura é fundamental.

Só que Luiz Gustavo teve rápida adaptação ao clube. Entendeu o espirito do torcedor, do dérbi e da própria cidade de Campinas. Pode parecer detalhe, mas tal requisito pode ser e deve ser levado em conta na hora da renovação de contrato.

E na hora do sufoco? Quem vai na entrevista coletiva e dar explicação aos torcedores? É mais fácil Luiz Gustavo sentar na cadeira do que Matheus Cavichiolli, recém-chegado.

Thiago Carpini deveria encontrar alternativas tanto para aprimorar o beque como também minimizar a questão da estatuta. Como? Quando os lados são bem marcados, a bola não é levantada pelo adversário. Logo a jogada fica neutralizada.

Se existir um negócio de ocasião, a renovação pode até ser repensada. Mas pelo atual poderio financeiro, o zagueiro Luiz Gustavo poderá ajudar.

(Elias Aredes Junior- foto de David Oliveira- Guaranipress)