Análise Ponte Preta: como esperar prosperidade na Torre de Babel? Impossível

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Dentro do gramado não há como contestar a crise profunda em que se enfiou a Ponte Preta durante a série B do Campeonato Brasileiro.

São seis jogos disputados e apenas dois pontos conquistados. Lanterna e zona do rebaixamento. Treinamentos interrompidos em virtude de morteiros atirados para dentro do gramado do Centro de Treinamento do Jardim Eulina.

Jogadores que desembarcam e não há tempo para o condicionamento físico. A torcida não aguenta mais. Pior: alguns já largaram mão e se conformam com a terceirona. Isso com um terço do turno inicial disputado. Loucura total.

No meio deste caldeirão, as redes sociais, aqui e ali especulam novos nomes como a solução de todos os males. Ou seja, a Ponte Preta teria que demitir seu treinador após três jogos. Radicalizar no improviso e no processo de erro e acerto. E que desde 2017 só tem dado errado. Ninguém pensa no óbvio: prestar apoio interno e deixar o técnico trabalhar.

Sim, a imprensa precisa ouvir e saber entender a mensagem das arquibancadas. Os dirigentes idem. A paixão não pode ser sufocada. Agora, não se pode transformar a Ponte Preta em uma torre de babel, em que todos opinam ao mesmo tempo e em linguagens diferentes. No final, ninguém produz nada e a areia movediça avança.

A Ponte Preta não se precisa de técnico. Ouso dizer: nem de jogadores mais qualificados. Exemplos não faltam de times limitados na história da Série B que fizeram a diferença.

Esses times tinham uma qualidade hoje inexistente na Ponte Preta: rumo. Direção. Pulso firme (não confundir com autoritarismo). Discurso fechado e uníssono. Sem tais predicados pode colocar o Guardiola no banco de reservas. Nada vai acontecer.

(Elias Aredes Junior- foto de Diego Almeida-Pontepress-Divulgação)