Gilson Kleina fez o que podia no dérbi 201. Pena, o entorno não lhe ajudou

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Eis que de repente muitos descobrem que Gilson Kleina é treinador de futebol. Recebeu uma tempestade de elogios por ter segurado o Guarani e ainda ter ficado perto da vitória no empate por 0 a 0 no dérbi 201.

Ganhou fôlego para continuar no banco de reservas nas 14 partidas restantes e conseguir o que importa: a manutenção na Série B do Campeonato Brasileiro.

Régis não teve desenvoltura, Rodrigo Andrade não fez a costumeira transição da defesa ao ataque e Marcos Junior demonstrou uma versatilidade e capacidade poucas vezes vistas na Alvinegra neste ano. Para completar o enredo, Rayan não deu qualquer pixotada e Richard exibiu um futebol voluntarioso e destemido. Uma Macaca quase perfeita sob o ponto de vista tático.

Por que a vitória não veio? É bom que se enfatize o esforço de Gilson Kleina em estudar e procurar os pontos fracos do Guarani. Você, torcedor pontepretano, lamente que a vitória não aconteceu pelos desencontros nos bastidores.

Isso tem relação? Tudo. Ora, um elenco com melhor montagem e de qualidade técnica aceitável daria mais instrumentos para Kleina fustigar o Guarani e vencer o jogo.

Dou só um exemplo.

Moisés nitidamente jogou no sacrifício. Ele não tem substituto no atual elenco. No entanto, se jogadores mais qualificados para a reserva estivessem presentes, a comissão técnica não pediria tal gesto ao atleta. E o rendimento no gramado seria melhor.

Um elenco com planejamento minucioso e qualidade não exigiria que Rodrigão entrasse em forma durante o Campeonato. Ou que ficassem com testes com diversos jogadores até encontrar Fessin. Sem contar as contratações.

Não é de bom tom vender ilusão. O time é fraco. Elenco também. Gilson Kleina extrai o máximo em um clima de caos administrativo. Certamente se tantos erros não fossem registrados o final do Dérbi 201 teria um desfecho diferente.

(Elias Aredes Junior-Com Álvaro Junior-Pontepress)