O absurdo dos absurdos: mesmo se vencer Ney da Matta corre risco de perder o emprego

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Já presenciei de tudo no futebol: presidentes trapalhões, jogadores folclóricos, técnicos limitados, torcedores ensandecidos, vitórias inesperadas, derrotas doidas ou fatos surpreendentes que não há como encontrar explicação. Poderei colocar mais um na galeria: a demissão de um treinador mesmo em caso de vitória. Sim, falo de Ney da Matta no Guarani.

Os desencontros em sua trajetória são latentes. Quando joga bem, perde. Tem desempenho abaixo da crítica, ganha e não convence. Não encontra um posicionamento ideal para Fumagalli, o craque do time. Boatos e especulações são espalhados a respeito de sua situação.

No meio deste turbilhão, vem o jogo contra o União Barbarense. Sem ponto somado, em dificuldades financeiras e com time extremamente limitado. Ou seja, a responsabilidade toda jogada em cima do Guarani e automaticamente do técnico Ney da Matta.

Pense no cenário: o Guarani vence, mas joga mal, não exibe variações táticas e passa até sufoco para administrar a vantagem diante de um oponente limitadíssimo. Convenhamos: qual será a desculpa para segurá-lo ? A torcida vai aceitar a continuidade do seu trabalho?

Mais: o ano é decisivo para o Alviverde. Não só por causa das eleições marcadas para o dia 15 de março, mas em virtude da volta à Série B do Campeonato Brasileiro. Precisa encontrar uma maneira de sobreviver e fugir do rebaixamento. E a disputa de uma Série A-2 equilibrada e competitiva serviria como alicerce desta causa. Por enquanto, nada disso acontece. Pelo contrário.

Alguns artigos são longos, explicativos e demandam argumentos. Neste, caso a situação é tão cristalina que não precisa esticar o assunto: ou ganha com larga margem de gols e convence ou o destino de Ney da Matta será o departamento de Recursos humanos na segunda-feira. Pode apostar.

(análise feita por Elias Aredes Junior)