O mundo do futebol quer defender a democracia? Então chegou a hora de posicionamento!

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Um dia escutei um conceito de um amigo que guardei para a vida toda. “As pessoas confiáveis têm posicionamentos claros e transparentes”. Nada mais verdadeiro. Você já encarou algum fato da sua vida capaz de separar os homens dos meninos, os honestos dos salafrários, os destemidos dos covardes.

O Brasil vive um momento em que tal conceito encaixa-se perfeitamente. Ninguém pode se omitir. Ninguém. É preciso ter lado. Chegou a hora de defender algo precioso: a democracia.

A pergunta aparece: você  defende a democracia? Quer protegê-la? Então chegou a hora de se posicionar. E é de bom tom questionar: como ficará o mundo do futebol? O que técnicos, jogadores e dirigentes têm a dizer? Eles querem zelar pela democracia? Ou vão fingir que nada acontece e que o tema não tem relação com futebol?

Conceito vazio e sem sentido é defender que o futebol não tem relação com  política. Nada mais incoerente. Deixar jogadores alienados é uma escolha política. Tratar treinadores e atletas como figuras descartáveis é uma decisão política. Cercear a liberdade de expressão nos elencos é uma escolha com clara direção política. O futebol nos fornece  exemplos de fatos e circunstâncias que mostram como o futebol, o esporte mais popular do planeta não compreendem o quanto ganharia se abraçasse a democracia em seu cotidiano.

Os personagens do mundo do futebol não podem ignorar a conjuntura grave e decisiva pelo qual passa o Brasil. É preciso demonstrar por A mais B que o desejo de todos é por um país justo, democrático e com liberdade de expressão.

Queiram ou não, um dia o jogador sairá de sua bolha e vai para o mundo real. Uma hora o treinador terá que pendurar a prancheta e viver a aposentadoria como um cidadão comum. Ou em dado momento os holofotes serão retirados dos dirigentes e a vida cotidiana irá impor a sua dinâmica. E aí? Eles preferem viver uma vida calcada no autoritarismo, na opressão e na ausência de diversidade? É coerente? Não, não é.

O que custa antecipar-se e dizer que tipo de país ele deseja? É preciso se posicionar. Simples: ou se está a favor da democracia ou não está.

E quando digo posicionar-se em relação a um lado eu não digo defender candidatos de partido A,B ou C. Longe disso. Um jogador, treinador ou dirigente pode ser conservador e defensor do estado mínimo, da privatização e da concentração dos governos apenas nas atividades da saúde, educação, transportes e segurança pública. Qualquer figura da bola também pode abraçar um ideário mais progressista, em que o estado concentre suas atenções em programas sociais, na valorização e defesa das minorias e na busca da valorização das estatais. É claro. Límpido. É do jogo. Mas todo esse pensamento sem democracia não é nada.

Homens e mulheres do mundo da bola utilizam canetas e papéis para assinarem contratos que mudam suas vidas. É a hora de entrar internet e assinar um documento ((https://www.estadodedireitosempre.com/) que vai preservar um patrimônio de todos nós: a democracia. É hora de posicionamento. Antes que seja tarde.