Ponte Preta e uma conclusão: falta criatividade e ousadia no futebol brasileiro. Por André Gonçalves

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Não há somente uma forma de enxergar um futebol bem jogado.
O time saindo desde o goleiro com a bola no chão é somente uma das formas de se chegar ao gol adversário.

Retrair o time para buscar os contra ataques também é outra forma de balançar as redes do oponente.

Mas a falta de originalidade do futebol brasileiro é tamanha que um técnico “X” em um time de apelo midiático jogar de uma forma “Y” “obriga” todos times a jogarem como ele.

Conhecer o elenco e saber das suas limitações é fundamental para o sucesso de um treinador. Fabio Moreno tem tentado fazer o elenco da Ponte jogar de uma forma que não é capaz.
Importante ter saida de bola sem o “bumba-meu-boi” mas por vezes se faz necessário.
Mais uma vez, o conhecimento do elenco faz toda diferença para potencializar todas as vantagens do grupo de trabalho.

Ygor Vinhas, por exemplo, que já foi importante com as ausências do titular Ivan, tem se mostrado desatento e com os fundamentos de guarda redes deficitário pois a prioridade -ao que parece- é sair jogando com os pés.
Sua principal função é defender a meta.
A ideia de “sair jogando” é ótima quando os setores e o atleta está confortável na sua posição. Coisa que não é a realidade do arqueiro pontepretano.

Outro exemplo é Apodi que já foi uma força ofensiva. Hoje está muito tímido em sua principal característica -velocidade no ataque.
Isso não sai despercebido pois sobrecarrega o esforçado Moises na outra extremidade.

E ai vem a previsibilidade (explica parte) do ataque da Macaca se dá pela ineficiência do lado direito. Todas as bolas acabam passando -invariavelmente- por Camilo e Moisés já que o lado direito não funciona.

Por isso, Moreno precisa encontrar a melhor maneira de jogar e variar quando necessário para equilibrar não somente a defesa mas deixar o ataque menos unilateral.

(Artigo de autoria de André Gonçalves- Especial para o Só Dérbi)