A diretoria executiva da Ponte Preta anunciou com pompa e circunstância nesta quarta-feira o plano de liberar aos finais de semana a Unidade Paineiras aos participantes adimplentes do programa de Sócio Torcedor.
Á primeira vista parece uma ideia simples e genial. Sem cobrar um único tostão, a Macaca concede vida ao empreendimento, projeta um novo ponto de atração para o programa de fidelidade e exibe disposição de salvar um símbolo da Macaca.
A exibição de números de sócios vinculados apenas a Unidade Paineiras demonstra que existe um número considerável de inadimplentes. Ok. Mas esta gratuidade pode ser uma armadilha que em médio e longo prazo para acarretar no fechamento das Paineiras.
Pense comigo. Quando o presidente José Armando Abdalla Junior designou uma comissão para recuperar o local, ficou estipulado que o TC10 pagaria uma taxa para frequentar o local. Por que? Existia um déficit de R$ 30 mil mensais e era preciso estanca-lo. A taxa juntamente com alguns eventos fizeram com que o prejuízo caísse para R$ 2 mil mensais. E certamente o pagamento desta tributo colaborou e muito para a redução da conta negativa.
Agora, veja. A Ponte Preta permite que torcedores frequentem o local e sem pagar nada. Ou seja, o déficit continuará lá. Não há noticia de que o futebol drenará recursos na parte social. Resumo da ópera: a conta não fecha.
O programa não deve ser descontinuado. O que deve ocorrer é uma reunião do Conselho Deliberativo para analisar o procedimento e analisar se realmente a gratuidade ao TC10 pode ser viabilizada. Sim, eu sei que é uma opinião impopular. Mas como diria o economista Milton Friedman: “Não existe almoço grátis”.
(Elias Aredes Junior)
Ps: o déficit anterior colocado era de R$ 70 mil mensais. Foi corrigido.