Na entrevista coletiva realizada na tarde de quarta-feira, no estádio Moisés Lucarelli, o técnico Gilson Kleina fez um apelo aos jornalistas: a de que apagassem aquilo que aconteceu na temporada passada e com isso conceder fôlego ao novo grupo formado. “Uma coisa que a gente conversou entre nós é que 2019 tem que ser enterrado cara, esquecer. Vamos olhar para frente. Esse é outro grupo, não adianta trazer uma negatividade do ano passado para esse grupo. Esses caras querem fazer uma história diferente”, afirmou o técnico.
De acordo com ele, o futebol é feito de processos. Nada acontece por acaso. “Todos nós queremos construir esse clube com um ano diferenciado, atingir as metas. Precisamos fazer um jogo de cada vez. Às vezes a gente quer tudo pronto, padrão de jogo estabelecido. É uma sequência dura, mas que temos condições de pontuar, de vencer. É isso que a gente quer”, completou.
O apelo de kleina é coerente. Tranquilidade é dado essencial para um clube trabalhar. Duro é constatar que a conjuntura mudou. No Santos, Jesualdo Ferreira já deu padrão tático. O Fluminense tem suas limitações e mesmo assim Odair Hellman consegue colocar alguns conceitos em campo. Na Internacional (RS), Eduardo Coudet, apesar do tempo escasso de treinos, já aplica intensidade ofensiva e a marcação sob pressão.
Qual o problema da Ponte Preta? Não é com relação aos jogadores. Pelo contrário. A torcida celebra até hoje a chegada de alguns. Como todos reconhecem a trajetória de Gilson Kleina, com seus resultados e conquistas.
Duro para o torcedor é constatar que, apesar das alterações no elenco, a equipe ainda utiliza por vezes a ligação direta. A recomposição vacila em instantes decisivos. Se a defesa tem bom rendimento, o ataque é uma confusão só. É tudo reprise de 2019.
Somos favoráveis a continuidade de trabalho. Sempre. O que não dá, porém, é não verificar uma evolução mínima de seja. Se isso acontecer tenho certeza que 2019 será apagado da memória. Com prazer.
(Análise feita por Elias Aredes Junior)