Renato Silva era jornalista único. Folclórico. Fez hinos para diversos clubes do interior do estado de São Paulo, como Ituano e Bragantino. Sua criação mais famosa é o hino oficial da Ponte Preta, feito primeiramente para ser incorporado à simbologia de uma torcida organizada. Existe na letra um verso que define a história da agremiação e sua atualidade: “Ponte Preta de paz, Ponte Preta de guerra”. São os dois caminhos colocados à disposição do novo presidente José Armando Abdalla Junior. No verso aliás, é preciso fazer adaptação: “Ponte Preta com guerra”. Afinal, ir para a guerra e conquistar é índole do pontepretano.
Se ele quiser uma Ponte Preta de paz, não bastará bons resultados dentro do gramado. Será necessário um esforço conjunto e sem tréguas para retomar o diálogo com as diversas alas políticas. E nisso está incluída as torcidas organizadas. Seria fácil eu abraçar o caminho da criminalização. Nada disso. Desprezo a hipocrisia. O fato é que, apesar de todos os problemas e defeitos, são as torcidas organizadas que ficam na linha de frente para acompanhar a Macaca pelos quatro cantos do país. Juntamente com os militantes e participantes do programa de Só Torcedor são participantes ativos. Não podem ser desprezados.
A Ponte Preta de paz será construída com o diálogo e conversas de alto nível com a oposição. Não, não é adesismo. Pelo contrário. É ter disposição de ouvir, trocar ideias, saber a hora de ceder em nome do bem comum. Exemplo claro: Marcos Garcia Costa, Lauro Moraes e Peri Chaib,ex-presidentes e dirigentes históricos da Alvinegra, estão afastados do dia a dia.
O que justifica tamanho descalabro? Só um exemplo: Romildo Bolzan Junior contabiliza os títulos da Copa do Brasil e da Libertadores e nem por isso deixa de ouvir o seu mentor político, Fábio Koff, acima dos 80 anos.
A Ponte Preta será um lugar de paz se a torcida tiver segurança que os responsáveis pelo departamento de futebol serão cobrados. Ok, muitos queriam a saída de Gustavo Bueno e Eduardo Baptista. Já que permaneceram, que Abdalla exerça o poder de maneira sábia, com atenção às contratações, desempenho e resultados. E tome as medidas necessárias.
Encontrar-se disponível para esclarecimentos aos veículos de comunicação é outro atributo necessário na busca da paz. Não para agradar jornalista A, B ou C, e sim para esclarecer e fomentar o debate da opinião pública com informações confiáveis. Já seria uma arma e tanto para evitar boatos e especulações nas redes sociais.
Por maior que seja a discordância com a atual direção, nenhum pontepretano quer viver quatro anos em estado de guerra. Todos desejam conquistas, títulos, jogadores de renome e o Majestoso lotado. Em todos os jogos. Então como evitar uma Ponte Preta com guerra? Basta esquecer boa parte daquilo que foi feito no atual mandato e que culminou com o rebaixamento e a a saída de dirigentes. Já será um passo gigantesco. Creia.
(análise de Elias Aredes Junior)
Título? AAPP? Essas duas palavras não combinam! Só se for título de eleitor!
Nem isto, lá eles não votam, o “padrinho” vota por todos…
Nem uma coisa nem outra Elias. A gestão de Abdalla será amorfa, assim como foram a dos outros que se prestaram ao papel de serem simples serviçais. Afinal com o reizinho é assim: ou você me obedece ou é meu inimigo.