Gustavo Bueno resolveu dar um voto de confiança ao técnico Gilson Kleina. Teve o aval da nova diretoria comandada por Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho.
A estimativa é que o técnico receba todo o aval para a montagem do elenco para 2020. O assunto precisa ser debatido com profundidade, cuidado e cautela.
Se for utilizar o histórico do passado, é lógico que Kleina tem mais atributos do que defeitos. Subiu com o time em 2011, semifinalista do Paulistão-2012, finalista do torneio regional em 2017 e condutor de uma reação na Série B do ano passado com sete vitórias e dois empates que trouxe esperança.
Hoje, o quadro mudou. Sua trajetória na Ponte Preta foi manchada pela péssima performance na Bezona. Ao levar em consideração a classificação apenas do returno, o time campineiro está na 17ª posição, com 17 pontos. Campanha de time rebaixado.A impressão transmitida é que existe a promoção e valorização da incompetência.
Isto não é o mais grave. Duro é pensar que vai diretoria e entra direção do clube, não se consegue verificar um pensamento de futebol institucional. Ou seja, como quer a Ponte Preta quer que seu time atue em campo, com quais características e quais as metas de médio e longo prazo. E isso não é prerrogativa do técnico.
Ao abraçar o modelo de jogo de Gilson Kleina sem contestação, tanto a direção de futebol como a instância superior demonstram incapacidade de formular ideias e conceitos.
Uma medida temerária se levarmos em conta que a Macaca tem contrato com o técnico até abril de 2020. Ou seja, se fracassar no Paulistão, a troca será inevitável e o trabalho será jogado no lixo. Se der certo, o time terá que abrir o cofre sob risco de interromper um trabalho que deu resultado.
Sob qualquer ângulo de análise a diretoria da Ponte Preta erra. Feio.
(Elias Aredes Junior)