Gilson Kleina, o sedutor que hipnotiza o Majestoso

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Gilson Kleina hipnotiza. Seduz. Transforma torcedores em seguidores. Dois jogos, duas vitórias. Seu nome está no olimpo. É o Odin da Ponte Preta. O deus capaz de operar milagres ou abrir o mar vermelho. Um mago na acepção da Palavra. Com seu discurso eloquente, fácil, carismático e sua voz de trovão ele acalma tempestades políticas e produz paz entre os divergentes.

Seu poder de ascendência é tamanho que durante a transmissão contra o CSA, o narrador Odinei Ribeiro chegou a questionar o repórter Caio Maciel: “Por que ele não veio antes?”. Kleina é o Padre Cícero do Majestoso. Observação: o modo ironia não está ligado nesta introdução. É elogio curto e grosso.

Com tantas qualidades fica difícil para o critico e analista apontar defeitos. Não será compreendido. Encontrará resistência. Mas é a tarefa apontada.

Seria leviano de ignorar alguns preceitos fundamentais. O time evolui na marcação. Fecha os espaços e compacta de modo invejável. Dificulta a vida seja do bom passador ou do driblador infalível. Mérito de Kleina. Assim como tem seu dedo a retomada da pegada e a vibração perdida na gestão de Marcelo Chamusca e a melhoria de produtividade de alguns atletas, sendo que o exemplo é Danilo Barcelo. Sob o comando de Kleina, não é apenas o homem da bola parada, mas um jogador mais participativo. Assim como Junior Santos, apesar das falhas de conclusão, demonstrou um vigor e força física invejáveis.

Só que nem tudo está pronto. Os erros de passe permanecem, a equipe demonstra dificuldades quando precisa tomar iniciativa de jogo e por vezes falta criatividade e variação para aproveitar a força e contundência de André Luis.

O técnico hipnótico e dotado de uma capacidade de aglutinação fantástica não consegue esconder o óbvio: ainda falta muito para a Macaca ser uma equipe pronta e acabada. Mas provavelmente já escapou. Já é muito.

(análise feita por Elias Aredes Junior)