Promover caças às bruxas no Guarani só vai piorar aquilo que já não está legal

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Perder do Avaí e ver a diferença para o quarto colocado subir para cinco pontos é um balde de água fria. Arrebenta com qualquer tipo de ambição no Guarani. Em conjuntura normal, o Guarani começaria a entrar no modo fim de feira, especialmente porque perdeu jogos decisivos em casa para Fortaleza, Avaí e Goias e demonstrou que por enquanto não tem força suficiente para sonhar com algo maior.

Só que é temeridade fazer terra arrasada. Promover caça as bruxas. É preciso sangue frio para analisar os motivos que levaram ao revés. Além de uma atitude mais assertiva no gramado, o Guarani escancarou um problema: o sistema de criação está caduco. Quando Rafael Longuine estava em forma e sem desgaste físico, não havia do que se queixar. Marcação pegajosa e conclusão certeira na área adversária andavam juntas.

O cansaço do meia e a má fase técnica de Rondinelly e os altos e baixos de Jeferson Nem, Matheus Oliveira e as dificuldades de adaptação de Matheus Anjos, recém-chegado, deixou a comissão técnica sem eira e nem beira.

Outro ingrediente foi acrescentado: erros individuais defensivos. Não foi apenas Kevin. Não pode ser considerado vilão. Tanto Pará, como os dois zagueiros tiveram muitas dificuldades para marcar Rodrigão, Renato e outros menos cotados. Foi desesperador. Se pensarmos bem, dentro do gramado, até que ficou barato.

Não é hora de pânico. Tem que respirar fundo, ponderar e já buscar a reabilitação contra o Boa Esporte, sábado. Umberto Louzer poderia aproveitar os treinamentos da semana para testar saída. Exemplo: por que não verificar como o time comporta-se com três volantes típicos. Será que a melhora a proteção defensiva? Os armadores ganham liberdade? Vou além: será que não seria melhor deixar Pará e Kevin mais defensivos e com isso ganhar solidez? São questionamentos e pensamentos que vale a pena refletir.

O que não pode é ver o avião cair de ponta a cabeça e o piloto não assumir o manche.

(analise feita por Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. matéria totalmente desnecessária e sem valor. não contribui em nada para a reversão da situação.
    tipicamente material tipo “água de salscinha”