Torcida do Guarani quer cobrar mas não faz sua parte. Cadê a coerência?

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Após a derrota do Guarani para o Avaí, os vilões eleitos foram aqueles que todos conhecem: o técnico Umberto Louzer, o lateral-direito Kevin, a ausência de pontaria de Bruno Mendes, a falta de imaginação de Rondinelly e por aí vai. Faltou um personagem. Alguém que pisou na bola e merece ser cobrado. Seu nome: torcedor.

A semana começou com a diretoria focada em fazer uma promoção de ingressos. Liberou o tobogã. Expectativa de 10 mil a 15 mil pagantes. Predicados não faltavam para tirar o torcedor de casa: confronto direto pelo G4, sonho do acesso e dias subsequentes ao pagamento. Quando o borderô registrou 5.111 torcedores, a decepção foi ampla, total e irrestrita. Não há como disfarçar. A torcida do Guarani, que passou anos e anos com reclamações sobre a ausência em jogos decisivos, simplesmente virou as costas para a equipe na hora da onça beber água. Perder do São Bento desmobilizou? Ora, desculpa esfarrapada. O jogo era em casa e empatar em pontuação com o quarto colocado seria motivo suficiente para sonhar com dias melhores.

O vexame não parou. No jogo, o Brinco de Ouro virou um teatro. Cantoria diminuta, pressão zero. Os jogadores do Avaí estavam confortáveis e desfilavam no gramado sem serem importunados. O Guarani tomou o primeiro gol? Nenhum pio. Fez o gol de empate? Comemoração discreta e olhe lá. Segundo gol do Avaí? O conformismo tomou conta do ambiente e tudo pareceu normal. Patético. Vexatório. Os 11 atletas escalados por Louzer pareciam que estavam no estádio da Ressacada e não em Campinas.

Que não apareçam desculpas e explicações. Não culpem jogadores, dirigentes e nem Comissão Técnica. A dura verdade é que a torcida do Guarani, salvo exceções, precisa parar com ativismo em rede social e mostrar na prática se é realmente a maior torcida do interior. Porque torcida que é torcida canta, vibra, incentiva, pressiona e ama o time em qualquer conjuntura. Se estiver com 2 a 0 no placar ou com três a zero no lombo.

A culpa também é nossa, dos cronistas esportivos. Devido a crise técnica e devidos rebaixamentos passamos o pano e desprezamos tal atitude passiva, sem coração e alma. Adotamos uma postura paternalista e criamos um torcedor mimado, incapaz de admitir seus erros.

Cantar, gritar e comemorar gol na decisão da Série A-2 ou no acesso da Série C em 2016 é fácil. Envergar a camisa bugrina depois de uma vitória épica é mole. Criticar tudo e todos e isentar-se de culpa é mamata. Torcedor que é torcedor deveria ter o mínimo de brio e esgoelar a garganta nos 90 minutos, sem cessar. Tenho convicção de que o Guarani não precisa e não quer torcedor de teatro, gente que liga mais para fazer selfie na hora do lance de perigo do que em vibrar. Familia bugrina não pode ser apenas discurso. Tem que ser na prática.

(análise feita por Elias Aredes Junior)

7 Comentários

  1. Tem um pouco de razão esperava um público bem maior tbm, só que depois percebi que o feriadão de sexta pode ter contribuído com a baixa de torcedores, o time foi apático dentro de campo e isso pode ter influenciado a torcida nas arquibancadas , mas o time foi o grande culpado da derrota pois não mostrou reação, garra , vontade e isso foi nítido, independente do público eles tem q fazer merecer a presença de quem foi e fazer o melhor sempre pro clube.

  2. Da uma segurada aí senhor Elias Aredes. Faz tempo que temos a maior presença disparada na arquibancada e agora que o outro time da cidade ganhou 2 seguidas , vocês vem querer fazer graça com nosso time e torcida? A torcida do time da linha do trem vem dando exemplo de vergonha para a cidade e qualquer time de futebol onde que seu time perde saem quebrando tudo, agredinso seguranças, policiais e o patrimônio do clube na qual dizem amar igual fizeram na derrota contra o Brasil-RS. Seria essa a solução?

  3. E outra, o time vem de um futebol medíocre contra o SB com derrota, feriado prolongado onde muitas pessoas viajam e você vem querer cobrar torcida? No último jogo do time da linha do trem não tinha nem 2.000 pessoas provando que eles sim são vão em jogos com o time em boa fase. Ano passado mesmo com time brigando para não cair, colocávamos o dobro disso apoiando o ÚNICO campeão da cidade. Vão são muito imparciais.

  4. SERÁ QUE ENTENDI DIREITO???
    DIRETORIA CONTRATA MAL, TÉCNICO MEXE ERRADO OU NEM MEXE, DIRETORIA TEM A POSSIBILIDADE DE CONTRATAR DURANTE O CAMPEONATO E FAZ ERRADO, E A CULPA É DA TORCIDA????
    SÓ PODE ESTAR DE BRINCADEIRA. NÃO É A TORCIDA QUE CONTRATA, ESCALA,ADMINISTRA.

  5. Como assim “mostrar na prática se é realmente a maior torcida do interior” ??? NUNCA FOI. Só porque têm alguns jogos com público maior acham que têm torcida maior??? Todas as pesquisas mostram que a torcida da Ponte é e sempre foi maior. Se está com pouco público é devido à insatisfação com a diretoria, com o time, e com a situação na pontuação.

  6. Com certeza mas para ver esse time medíocre e esse técnico horrível que a diretoria insiste em manter quase que eu nem fui, só fui por um pedido de minha filha pois esse time do Guarani hoje e algum tempo não merece credibilidade
    Comece a melhorar o time com a demissão de ser sr HUMBERTO LOUZER E ALGUNS JOGADORES QUE TEM PREGUIÇA EM CAMPO.

  7. Diretoria omissa, aprendiz de técnico e jogadores sem vontade…. e a culpa é da torcida? se não fosse a torcida o clube já tinha fechado as portas…. respeita aí Elias falastrão