O cinema e o teatro nutrem predileção por histórias de recuperação. Ou de pessoas que foram auxiliadas a superarem defeitos.
Podemos citar “Melhor Impossivel”, com Jack Nicholson, em que um homem homofóbico e esquisito começa a descobrir o amor por intermédio de uma garçonete interpretada por Helen Hunt.
Ou o “Discurso do Rei”, em que Colin Firth interpreta o Rei Jorge VI, que com um auxilio de um tutor superou a gagueira e com isso fez um discurso histórico as vésperas da segunda guerra.
Só que a vida é diferente daquilo que vemos na telona ou no palco de teatro. Nem tudo é final feliz. Algumas apostas podem ser infrutíferas e gerar dores de cabeça. Pelo menos isso deveria encontrar-se na cabeça do Thiago Carpini e do superintendente executivo Michel Alves. Primeiro por contratarem o centroavante Alemão e agora o atacante Juninho Piauiense.
A crença de apostar em jogadores problemáticos baseia-se na confiança de que o carisma de vestiário e a disciplina bastam para enquadrar todos. Não é assim. O ser humano é insondável. Enigma permanente. O que funciona em um sequer é assimilado por outro.
O que é fixo é o dinheiro para custear o futebol. Que anda curto. Tomara que os dirigentes bugrinos e a comissão técnica saibam o que estão fazendo. Senão, será dor de cabeça na certa.
(Elias Aredes Junior)