Ponte Preta e Guarani entram na luta contra o racismo. Um golaço para a cidadania!

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Sou critico a respeito da alienação muitas vezes encampada pelas diretorias de Ponte Preta e Guarani a respeito de assuntos reinantes na sociedade. Sofrimentos que atingem camadas especificas da população e todos portam-se como se o tema não fosse com eles.

Mas dessa vez o “derbi” das redes sociais marcou um gol de placa. Tanto um como um outro utilizaram suas redes sociais para enfatizarem a luta contra o racismo e protestar contra o assassinato de negros, como o que ocorreu com George Floyd nos Estados Unidos. Repito: golaço.

As duas agremiações tem motivos de sobra do ponto de vista histórico para encampar a luta.  A Ponte Preta tem um histórico de luta pela população negra. Encampou Miguel do Carmo, o primeiro jogador negro do Brasil e o apelido de Macaca é de certa forma uma forma de protesto contra os xingamentos racistas que sofria pela interior afora.

No Guarani, nem precisamos citar o papel de Jaime Silva na construção do complexo que hoje abriga o Brinco de Ouro e o protagonismo de negros como Amaral, Djalminha e especialmente Jorge Mendonça na busca de vitórias no gramado.

Os indicadores sociais são outro argumento poderoso. Só para constar, um negro com formação superior ganha 31% a menos que uma pessoa branca com idêntico grau acadêmico. Os dados são do Instituto Locomotiva.

O mesmo levantamento detectou que cada 10 pessoas, cinco responderam que os brancos tem mais oportunidades de estudo e 65% afirmam que os brancos tem mais chances de trabalho.

No caso do Atlas, ficou detectado que 75% dos assassinatos registrados no Brasil são de negros.

Os dados e a conjuntura atual provam que existe um longo caminho pela frente. E que Ponte Preta estão sintonizados. Que bom.

(Elias Aredes Junior)

1 Comentário

  1. Concordo, so’ acho q nao precisamos copiar em tudo o q acontece nos EUA pq eles nao ligam em nada para o q acontece fora das suas fronteiras; se essa morte absurda tivesse sido por aki no maximo apareceria uma vez nos canais de midia. Portanto devemos criar lemas e campanhas nossas, baseadas em casos no Brasil, e nao simplesmente traduzir frases de movimentos puramente americanos e q nao refletem a nossa realidade.