Venda do Majestoso e a constatação: Sérgio Carnielli perdeu o bonde da história

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A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo deveria provocar uma reflexão entre torcedores e dirigentes da Ponte Preta. A fissura do presidente de honra Sérgio Carnielli em construir uma Arena no local em que se encontra o Centro de Treinamento do Jardim Eulina apenas ajuda a disfarçar o vacilo cometido por ele próprio. Em miúdos: o Majestoso não deveria ser vendido e sim reformado.

Que os arautos da modernidade não venham defender a construção da arena seria mais barata do que a reformulação do estádio com 70 anos de idade. Pode até ser. Mas em determinadas ocasiões, o dirigente com porte de estadista detecta o sentimento e os rumos desejado por seu povo.

Quando Sérgio Carnielli assumiu o poder, em 1996, o estádio Joaquim Américo estava de pé em Curitiba. A Arena da Baixada surgiu e o Furação degustou uma nova concepção de futebol. Assim como o estádio Independência, local dos jogos do Atlético Mineiro e América.

Se tivesse adotado o projeto da reformulação e modernização do Majestoso acoplado com a aquisição de residências ao redor para a construção de um estacionamento, certamente o torcedor pontepretano degustaria

nova realidade. E espalharia sorrisos de orgulho.

Como Carnielli acreditou na bonança das empreiteiras e na viabilização de uma obra com dificuldades técnicas, uma única tarefa está sob sua responsabilidade: enxugar gelo. Triste.

(análise feita por Elias Aredes Junior)