A Ponte Preta já vivenciou muitos momentos de crise. De alegria também. Em todas estas passagens históricas, eu sempre ficava espantado com o poder de mobilização da torcida pontepretana, que lotava o Majestoso ou fazia caravanas que viravam notícias nos veículos de comunicação.
Como esquecer o Majestoso lotado na vitória por 2 a 0 contra o Fortaleza e que assegurou a permanência na primeira divisão em 2003? Impossivel retirar da retina os 30 mil pontepretanos no estádio do Pacaembu na final da Sul-Americana de 2013. Como também os jogos com lotação máxima na Série A-2.
Ok, o público de 5.126 torcedores presentes foi até um resultado razoável se levarmos em consideração o empate por 3 a 3 com o Sport.
Só que eu sei e você sabe torcedor pontepretano, que em outros tempos, a mobilização seria gigantesca para o jogo de segunda feira contra o Ituano. Não existiria hipótese de um publico abaixo de 10 mil pessoas. Dificilmente isto será registrado.
Ao invés da euforia e da esperança, a apatia. O entusiasmo deu lugar a tristeza antecipada. Triste. Desolador. Sinal de divórcio entre o gramado e a arquibancada.
Existem seis dias pela frente. Sem uma reviravolta no quadro, a impressão que é transmitida é de que a reta final da Série C é um rito de passagem para algo pior. Isto precisa ser evitado. Para ontem.
(Elias Aredes Junior-foto de Arquivo-Pontepress)
