Allan Aal é cobrado. Justo. Mas e os jogadores do Guarani? Até quando serão inocentados quando não ocorre evolução no gramado?

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Vida de treinador é dura. Cobrança diuturna. Precisa apresentar resultados. Sem cessar. Caso contrário, é rua. Trata-se o profissional como um ser descartável. O mundo do futebol confunde profissionalismo em relação calcada no interesse.

Relação profissional é construção sob os preceitos de erro, acerto, evolução, empatia, companheirismo e decência e ética na hora do desligamento. O fim do processo não pode ser descartado. É assim em todas as áreas. No futebol não seria diferente.

Reflito sobre tais conceitos e vem á mente o técnico do Guarani, Allan Aal. Conforme os dias passam a cobrança aparece. Precisa melhorar o time. Justificativa: agora existe tempo para treinar. Tudo deve funcionar no gramado.

Que tal a gente inverter o raciocínio: e os jogadores? Não tem obrigação de assimilarem o conteúdo? Não precisam mostrar no gramado toda a dinâmica ensaiada durante a semana?

Tudo tem dois lados. Na educação, quando um professor não tem uma didática adequada, é sabido que os alunos geralmente mostram dificuldade de aprendizagem. Aí a troca é justificada.

Se pegarmos tal cenário e transportarmos ao futebol não parece ser o caso de Allan Aal. Alguém que termina o turno inicie da Série B em oitavo lugar com o Paraná e depois faz os pontos suficientes para o Cuiabá chegar a primeira divisão, convenhamos: não  há como cravar de que existe entrave de transmitir o conteúdo nos jogadores.

Apesar das limitações técnicas, o foco deve ser direcionado aos jogadores do Guarani. Eles é que precisam transformar o conteúdo em prática. A evolução passa pelos pés de quem joga. Já passou da hora de bajular quem fica no vestiário e colocar como vilão quem ostenta a prancheta.

(Elias Aredes Junior- foto de Thomaz Marostegan-Guarani F.C)