Ponte Preta, vitória e lição do dérbi 199: a limitação do elenco não desapareceu. Abrace o contra-ataque e seja feliz!

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Antes da bola rolar tudo era angustia e incerteza.

A derrota parecia próxima.

Pois a comissão técnica comandada por Fábio Moreno foi a campo, trabalhou um novo posicionamento no gramado e venceu o dérbi 199 por 3 a 1.

Inapelável.

Graças ao protagonismo e eficiência do atacante Moisés, autor de dois gols e que sofreu o pênalti convertido por Paulo Sérgio. Mas também fruto de uma estratégia humilde e conhecedora de suas limitações.

Simples, direto, sem invenções. Um time posicionado atrás da linha da bola, fechado, que uma hora ou outra criava as inversões de jogo para criar embaraços ao Guarani. Tinha uma posse de bola superior e parecia não andar.

Relembre os gols. No primeiro, Apodi disparou no lado direito, cruzou e Moisés guardou. No segundo tempo, o espaço necessário para o camisa 21 arrancar e engalfinhar-se com o zagueiro Thalles e o pênalti marcado. Depois, o passe de cabeça e o complemento de Moisés.

Três jogadas em que a velocidade prevaleceu. De jeito ou de outro. Ou seja, um time dependente de contra-ataque.

O elenco foi pessimamente montado. Tem muitos jogadores limitados.

Não há margem de manobra.

Qual a saída? Ora, repetir o manual aplicado contra Santos e Guarani: atrair o adversário para o seu campo e preparar a armadilha. Seja qual for o local.

O que não dá é vender ilusão da proposição de jogo. A vitória sobre o Guarani é o espaço necessário para fincar os pés na realidade. Sem ilusões.

(Elias Aredes Junior)